A coluna do site UOL “Página Cinco” destacou na última semana uma obra que recebeu um prêmio, da mesma coluna, intitulada “Menino do Acre – Auto Revolucionar-se a Si Mesmo”, em alusão ao caso Bruno Borges, que desapareceu em 27 de março de 2017 e que reapareceu meses depois. No entanto, o que chama atenção nesta “honra ao mérito” é o teor da premiação: o de condecorar as piores obras do ano.
Segundo o blog, escrito pelo jornalista especialista em Jornalismo Literário Rodrigo Casarin, a ideia de dar esse “presente de grego” aos escritores veio após ler a obra do acreano, deixado após o sumiço, chamado “TAC – Teoria da Absorção do Conhecimento”.
“Pelo auê que o sumiço do garoto acreano causava, resenhei o trabalho. Presunçoso, tolo e mal escrito, o livro alcançou um feito raro: se consolidou como a pior leitura que já fiz a vida”.
HISTÓRICO DA “PREMIAÇÃO”
O histórico de “vencedores” do título vem desde 2018, com Ernesto Araújo que levou o indesejável troféu pela tríade “A Porta de Mogar”, “Xarab Fica” e “Quatro 3”. Já em 2019, que ganhou foi E. L. James por “Mister”.
Em 2020, a mulher de Sérgio Moro, Rosangela Moro, foi a “agraciada” com o livro “Os Dias Mais Intensos – Uma História Pessoal de Sérgio Moro”. Em 2021, o vencedor foi “Ela me pediu leite… Mas eu só tinha café!”, de Marcos Bulhões, que segundo o blog, fez o nome com publicações na internet.
“A peça constrange ao apostar em tipos aparentemente inconciliáveis e tentar contrastar um romantismo barato e piegas com uma sacanagem digna das pornografias mais canastronas”, disse.