Denúncias de inimigos dentro do governo Gladson ganham força e acendem alerta no Palácio Rio Branco

“O governador tem que passar a régua e distinguir quem é aliado e quem é inimigo dentro do Governo; caso contrário, encontrará dificuldades”. O comentário, do deputado Gehlen Diniz (Progressistas-AC) é apenas um dos vários, dentro do Governo, que defendem uma reforma absoluta no Palácio Rio Branco.

De acordo com Gehlen, “aliados se calam diante das críticas; não defendem, em nenhum momento, o Governo”. E o Palácio Rio Branco experenciou isso na Operação Ptolomeu. Desencadeada na madrugada, membros do grupo de Gladson ainda não haviam decidido, lá pelas últimas horas da tarde, o que dizer em nota.

Para enfrentar uma campanha, Gladson sabe que precisa arrumar a casa. Prometeu reformas no primeiro, segundo e terceiro escalão. Não será uma tarefa fácil. Mas é uma tarefa possível. E necessária.

N. Lima

O presidente da Câmara de Rio Branco, vereador N. Lima, não só concordou com Gehlen como ‘desceu o pau’ em um grupo privado. “Tem muita gente, deputado. Não vi muitos políticos com mandato se solidarizando com o Governador no momento difícil”.

Espantado a pata

“Se fosse eu, já tinha espantado a pata e quebrado os ovos todos; tem muita gente escondida atrás do muro e jogando dos dois lados. Encoraja o Petecão e incentiva o Gladson só na frente dele. Bota pra moer! Estamos juntos, Gladson Governador”, completou.

Avaliando

Por todos os lados, quando se conversa com postulantes, formal ou informalmente, 90% de chances de a resposta ser algo do tipo: “Estou avaliando”. Todo mundo está deixando para tomar decisão entre março e abril.

Risco

Empurrar a decisão com a barriga não deixa de ser um risco. As maiores legendas, com possibilidades reais de boa performance nas eleições, devem fechar seu elenco mais rapidamente. O povo do “vou decidir mais à frente” pode ficar sem chapa.

PSD e MDB

Se o prefeito Mazinho Serafim desistir de ir para o PSD para permanecer no MDB, o deputado federal Flaviano Melo vai jogar água no barco de Petecão. O estrago só não vai ser maior porque, em um partido ou outro, Mazinho deve apoiar Petecão para o Governo do Acre.

Chapa do Petecão

Caso Mazinho fique fora da chapa do PSD, as atenções podem voltar-se para a eleição de Henrique Afonso, vice-prefeito de Cruzeiro do Sul. “O pessoal falava: ‘ah, vai pro PP’. Que nada! O Henrique tá animado. É pré-candidato a federal”, disse Petecão um tempo atrás.

Chapa do Petecão²

Até agora, não veio à tona o comissionado que Petecão disse ter amarrado para sua chapa de candidatos à Câmara Federal. Palpites?

Federação

Mais um passo dado para uma federação entre PT, PSB, PCdoB e PV. Em Brasília, o PT, maior partido, abocanha 27 dos 50 lugares que a assembleia deve ter. O PSB fica com 15 postos e as outras 2 siglas, 4 cada.

No Acre

No estado, os rumos mudam, mas nem tanto. Com a representatividade local do partido, o presidente Cesario Braga deve se sobressair. Braga vai sustentar sua pré-candidatura à Aleac; além disso, nomes como os ex-deputados Angelim e Sibá Machado, além do atual deputado Léo de Brito, continuam no páreo.

Matemática

A regra é simples: no Acre, os únicos partidos que possuem deputado federal são o PT e PCdoB. Se a regra que dividiu as fatias do bolo em Brasília se repetem aqui, esses partidos levam vantagem. Na Aleac, PSB e PT possuem dois representantes e PCdoB tem 1. PV tem Pedro Longo, mas sua permanência é uma icógnita.

Icógnita

Quem tem deputado federal eleito tem mais moral; disso, todo mundo sabe. Sempre foi assim. São os deputados federais que garantem tempo de TV e acesso ao fundo partidário. Regionalmente, podem-se considerar os deputados estaduais com algum peso. Cada partido vai tentar defender pesos maiores onde possuem melhor condição; o que não deixa de ser natural. Vai ser uma discussão interessante de acompanhar.

Os outros que se cuidem

Membros de partidos menores que o PT já estão de olho na federação. Temem a balsa. Com a federação chancelada, os quadros devem dar nova movimentada.

Persona non grata

“Se entrar por uma porta, saio pela outra”. Recebi a mesma mensagem de dois políticos sobre uma pessoa que tem flertado com alguns partidos e colocado o nome para jogo. Não veem com bons olhos.

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