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Enquanto petistas locais acusam Gladson, Lula sai em defesa de ex-governador de SP, também investigado pela PF

Por TIÃO MAIA, PARA CONTILNET

Cesário Braga, uma das lideranças do PT acreano, ao lado do ex-presidente Lula. Foto: Reprodução/Facebook

O ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, até aqui o líder de todas as pesquisas de opinião pública na corrida presidencial para 2022, demonstrou, na tarde desta quarta-feira (5), pelo Twitter e outras redes sociais, até que ponto pode chegar o tamanho da incoerência petista. “Solidariedade é o meu partido”, foi o que escreveu o ex-presidente ao se manifestar a favor da presunção de inocência do ex-governador paulista Márcio França (do PSB), que amanheceu esta quarta- feira com a Polícia Federal em sua porta numa operação que investiga possível prática de desvio de dinheiro público na época em que ele estava no Governo. A operação também atingiu um irmão do ex-governador, com as mesmas acusações de desvio de dinheiro do sistema de saúde paulista.

Lula, ao comentar o assunto, escreveu: “Nossa Constituição é clara sobre a presunção de inocência. Que se investigue tudo, mas com direito de defesa e sem espetáculos midiáticos, desnecessários contra adversários políticos em anos eleitorais”. A mesma presunção de inocência que, no Acre, os petistas negam ao governador Gladson Cameli, que sofre acusações parecidas.

A manifestação do ex-presidente é exatamente contrária ao comportamento das lideranças do PT no Acre, Estado no qual, assim como França, o governador vem sendo acusado na Operação Ptolomeu, também da Polícia Federal. Enquanto Lula sai em defesa da inocência do ex-governador paulista, por aqui, petistas graduados como o presidente regional da sigla, Cesário Braga, não têm poupado o governador local desde que a operação foi deflagrada.

É Cesário Braga que vem comandando a militância digital nas redes sociais que acusa Gladson Cameli de corrupção. Sobre a defesa e seu chefe e líder contra um ex-governador que padece das mesmas acusações, nem um comentário, o que demonstra que a perseguição a Gladson Cameli é, principalmente, porque o atual governador é um forte candidato à reeleição.

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