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Esforço de pesquisadores da Ufac no monitoramento de queimadas e fumaça é reconhecido pelo MPAC

Por TIÃO MAIA, PARA CONTILNET

Irving Foster Brown e Alejandro Fonseca Duarte, pesquisadores da Universidade Federal do Acre (Ufac), foram homenageados pelo Ministério Público do Estado do Acre (MPAC). Foto: cedida

Os professores Irving Foster Brown e Alejandro Fonseca Duarte, pesquisadores da Universidade Federal do Acre (Ufac), foram homenageados pelo Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) pela contribuição ao projeto da rede de monitoramento da qualidade do ar. O programa é uma iniciativa do Centro de Apoio Operacional (Caop) do Meio Ambiente, Patrimônio Histórico e Cultural, e Habitação e Urbanismo, órgão do MPAC, que em 2020 foi selecionado entre 114 iniciativas de todo o País, sendo homenageado na 17ª edição do Prêmio Innovare, na categoria Ministério Público.

O sistema, que tem como principal instrumento um aparelho detector de fumaça, foi apresentado pelos dois pesquisadores ao órgão ministerial. Os dois professores são pioneiros nesse tipo de pesquisa na região, criando um grupo de estudos sobre mudanças climáticas na Universidade, na década de 90, que culminou em um protótipo de unidade de acompanhamento da qualidade do ar, oportunidade em que foi adquirido um aparelho de alto custo para fornecer dados da poluição atmosférica no estado.

Preocupada com a efetividade das políticas de mudanças climáticas, a coordenadora do Caop, procuradora de Justiça Rita de Cássia Nogueira Lima, quis trazer a experiência para dentro do MP. Com a ajuda dos dois pesquisadores, ela conheceu aparelhos fabricados no exterior que detectam, com precisão, poluentes decorrentes de queimadas e, ainda, oferecem dados em tempo real, acessíveis a qualquer pessoa. Além disso, principalmente, os equipamentos eram de baixo custo.

Para procuradora Rita d4e Cássia, as cooperações com quem produz conhecimento têm sido fundamentais. “Os professores foram os responsáveis por a gente conseguir implantar a rede de monitoramento da qualidade do ar. Se essa rede existe, é por causa deles. Eles são os grandes responsáveis: o professor Foster, que nos trouxe a existência desse equipamento, e o professor Alejandro, que nos ajudou muito a dar formação, para conseguir implantar o projeto, capacitando as pessoas para operarem essa rede”, destacou a procuradora.

Para Alejandro Duarte, a experiência de trabalho com o Ministério Público foi frutífera. “Estou muito agradecido pela possibilidade de trabalhar com o Ministério Público e com outras pessoas da universidade, com as Prefeituras, com essa cooperação muito bonita que o MP estabeleceu para dar vida a essa rede de monitoramento”, declarou.

Na opinião de Irving Foster Brown, o modelo de parceria entre as instituições resultou em sucesso e pode ser adotado. “Estamos diante de uma Amazônia em mudanças. A situação, infelizmente, está ficando mais complicada em relação à fumaça, queimadas, que agora reconhecemos como um problema de saúde enorme. Estou muito feliz pela oportunidade de colaboração entre a universidade e o Ministério Público. Creio que esse é um modelo que pode ser adotado em outros lugares, porque o povo precisa disso”, disse Foster Brown.

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