Lula está com um pé atrás em relação a debates durante a campanha

À entrevista que concedeu ontem, seguiu-se um almoço oferecido por Lula aos jornalistas que o entrevistaram. E Mauro Lopes, repórter do site Brasil 247, registrou alguns comentários do candidato do PT à sucessão do presidente Jair Bolsonaro.

Lula disse que a presença de Geraldo Alckmin na chapa não é fundamental para a vitória, “mas será decisiva” para que o PT possa eleger Fernando Haddad governador de São Paulo. E acrescentou:

“Podemos ter São Paulo, Rio e Minas com governadores aliados, o que nos dará condições sem precedentes para negociar com o Congresso.”

Lula sugeriu que poderá não comparecer aos debates eleitorais se eles forem realizados nos moldes tradicionais: “O modelo de debates não funciona”. Disse que a dinâmica de 1 minuto de pergunta, dois de resposta, depois outro tanto de réplica e tréplica não permite debate algum.

“Debate não é uma questão de princípio para a mídia conservadora”, segundo Lula. Quando Fernando Henrique faltou a todos os debates em 1998, “a mídia se silenciou, porque tinha um pacto para elegê-lo a todo custo. Mas, quando deixei de ir em 2006, fizeram escândalo e deixaram uma cadeira vazia”.

Lula simpatiza com a ideia de dialogar com bancadas de jornalistas em entrevistas individuais. Assim, escaparia à agressividade de candidatos empenhados em desgastá-lo na tentativa de crescer nas pesquisas de intenção de voto.

Bolsonaro já disse que irá a todos os debates, desde que não se fale mal dos seus filhos. Entre assessores de Lula, a opinião quase unânime é que Bolsonaro não irá a nenhum.

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