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‘Não tem uma que queira atuar aqui em Rio Branco’, diz Bocalom sobre empresas de transporte público

Por EVERTON DAMASCENO, DO CONTILNET

Prefeito Tião Bocalom. Foto: Reprodução.

O prefeito Tião Bocalom convocou uma coletiva à imprensa na manhã desta segunda-feira (3) para falar sobre a situação de emergência do transporte público de Rio Branco, decretada no último dia 21 de dezembro, após a empresa Auto Aviação Floresta abandonar os serviços na capital acreana, deixando sem transporte moradores de diversos bairros.

O gestor afirmou que nenhuma outra empresa quer atuar na cidade, já que o cenário para lucro não é positivo.

Com a situação de emergência, a administração, de forma excepcional, fica autoriza a permitir que outra companhia, desde que preenchidos todos os requisitos legais de trafegabilidade, possa atuar nas linhas que estavam sob a responsabilidade da Auto Viação Floresta, auxiliando o município na prestação regular e segura dos serviços. A a RBTrans já consultou outras empresas que possam ser licitadas para realizar o serviço, entre elas a Transacreana e a Eucatur, mas nenhuma manifestou interesse.

“Não tem uma empresa que queira atuar aqui porque não está dando lucro e essa situação caótica do transporte público se estende desde muitos anos. Não é fácil. Estamos fazendo tudo o que podemos para resolver essa situação que afeta tanto a população de Rio Branco”, destacou o prefeito.

O Superintendente Municipal de Transportes e Trânsito de Rio Branco (RBtrans), Anísio Alcântara, garantiu que em até 60 dias “as coisas devem melhorar”.

“O prefeito ainda não deu o veredito para o prazo, mas é certo que em até 60 dias as coisas vão melhorar, significativamente, de forma estrutural, com cumprimento de rotas e horários previamente definidos”, acrescentou.

Mesmo sem informar como será resolvida a questão, Teixeira disse que a prefeitura vai retomar o serviço virtual que informa o passageiro, via aplicativo de celular, os horários dos ônibus.

Antes da pandemia, 140 veículos estavam transportando passageiros na capital. Após a crise gerada pelo novo coronavírus, o número chegou a 47. Atualmente, 72 circulam pela cidade.