Narciso: ‘Nunca vi com bons olhos a Lava-Jato, nem as arbitrariedades de quem a conduzia’

Impunidade

Tendo sido julgado como um juiz parcial e incompetente, de antemão, Sérgio Moro precisa defender-se dessa acusação

Após declararem-se candidatos nas próximas eleições, Sérgio Moro a Presidência da Republica e Deltan Dellagonol a deputado federal, restará provado que a referida dupla, enquanto comandavam a Operação Lava-Jato, agiram com propósitos inquestionavelmente políticos. Tanto agiram que as vítimas que escolhiam para massacrá-las eram escolhidas a dedo e de caso pensado, entre elas e a se destacar, o ex-presidente Lula, afinal de contas, torná-lo inelegível e impedi-lo de disputar das eleições de 2018, era sim, o objeto central do que restou conhecido como o javajatismo.  

Não foi primeira e nem será a última vez que, em nome do combate a corrupção, os falsos moralistas terminaram por se revelar o que realmente são. Pior ainda, para àqueles que agiram na condição de magistrado.

Com vistas às eleições de 2018, se candidato a presidência da República nas eleições de 2018, segundo anunciavam todos os institutos de pesquisas o  ex-presidente Lula teria sido eleito. Nada diferente do que irá acontecer nas eleições de 2022, e ao que tudo indica, a fatura poderá ocorrer em 1º turno.

Eu, particularmente, nunca vi com bons olhos a Operação Lava-Jato, menos ainda, as arbitrariedades da dupla que a condizia, sobretudo, pelos espetáculos midiáticos que suas ações provocavam. De mais a mais, segundo então juiz Sérgio Moro, a operação Lava-Jato tinha com fonte de inspiração a Operação Mãos Limpas, ocorrida na Itália, cujos resultados foram demasiadamente desastrosos para a economia do referido país, justamente, o que está acontecendo no nosso país.

Na Itália, após haver criminalizado toda a sua classe política, o seu poder político acabou caindo nas mãos de Silvio Berlusconi, um corrupto de mancheias. Cá entre nós, nas mãos de Jair Bolsonaro, de cuja gestão o próprio Sérgio Moro se fez ministro da justiça, para logo a seguir, vir ocupar uma das cadeiras do nosso STF-Supremo Tribunal Federal.

Reportando-me ao STF, a quem coube julgá-lo como parcial e incompetente, por que o dito cujo, Sérgio Moro não veio a público para acusar o próprio STF de está sendo convivente com a nossa corrupção? Afinal de contas, o restabelecimento dos direitos do ex-presidente Lula decorreu de uma das suas decisões.

Como o tempo é o senhor da razão, caso insista em sua candidatura à presidência da República, Sérgio Moro se defrontará com o também candidato Lula, e ambos serão julgados pela nossa soberania popular, como assim se procede em todos os países verdadeiramente democráticos.

Ao meu sentir, pelo seu atrevimento ao aceitar participar da nossa próxima disputa presidencial, Sérgio Moal passará pelo maior vexame de sua vida, tanto eleitoral como moralmente. Veremos!

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