Embora diga a aliados não ter novamente interesse em ser candidato à Presidência da República em 2022, o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa tem feito análises do cenário eleitoral nos bastidores.
Em conversas com aliados nas últimas semanas, Barbosa fez um diagnóstico dos nomes que se apresentaram até agora como pré-candidatos ao Palácio do Planalto na disputa de outubro.

Conhecido nacionalmente pelo trabalho que fez como relator do mensalão, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Benedito Barbosa voltou ao cenário político Marcelo Camargo/EBC
Advogado de formação, Joaquim já foi Procurador da República e professor de direito na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Nelson JR/STF
Em 2003, foi convidado pelo ex-presidente Lula (PT) a compor o quadro dos 11 ministros do STF. Em 2012 assumiu a presidência da Corte e, em 2014, se aposentou voluntariamente. Barbosa foi o terceiro ministro negro na história do STFFábio Vieira/Metrópoles
Em 2013, foi eleito uma das cem pessoas mais influentes do mundo. Cinco anos mais tarde, se filiou ao Partido Socialista Brasileiro (PSB) com a intenção de participar da corrida presidencial. No entanto, desistiu logo em seguida alegando motivos pessoais Jennifer Graylock / Getty Images
Apesar de ser resguardado, o ex-ministro do STF vire e mexe ressurge como possível candidato à Presidência da República. Quando não, está nas rodas de conversas e tem a atenção disputada entre políticos Valter Campanato/Agência Brasil
Após especulações de que Sergio Moro gostaria de tê-lo como vice nas próximas eleições, Joaquim Barbosa avisou a aliados que jamais toparia ser candidato ao lado do ex-juizFábio Vieira/Metrópoles
De acordo com o colunista Igor Gadelha, do Metrópoles, recentemente Barbosa voltou a debater com a cúpula do PSB, sigla à qual segue filiado, uma possível candidatura à Presidência em 2022Marcelo Camargo/EBC
O ex-ministro, no entanto, se encontrou na manhã do dia 10 de janeiro, no Rio, com o ex-juiz. A reunião aconteceu no apartamento de Barbosa no bairro Leblon. Segundo aliados de Barbosa, eles conversaram a sós sobre o cenário eleitoral deste ano, mas não houve qualquer debate sobre formação de uma possível chapa presidencial entre os doisANDERSON PINHEIRO/AGÊNCIA O DIA/AE
Segundo pessoas próximas, o ex-ministro, que foi relator do processo do mensalão do PT no Supremo, não acredita que a vitória do ex-presidente Lula esteja tão dada assim, como mostram as pesquisas.
Barbosa diz até gostar do ex-governador Geraldo Alckmin, nome mais cotado para ser vice de Lula. Mas avalia que, quando a campanha começar de fato, o petista será bastante atacado por opositores.
Aliados dizem que também sobram críticas do ex-ministro do STF ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao ex-juiz Sergio Moro (Podemos), algumas delas já noticiadas pela coluna.
Até o momento, aliados dizem que um dos poucos que se salvam na lista de Barbosa é Ciro Gomes. O presidenciável do PDT é considerado um “bom candidato” pelo ex-ministro do Supremo.