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Presidente nacional do PSB põe Acre entre as prioridades para negociar formação de uma federação com o PT

Por THIAGO CABRAL, DO CONTILNET

Reprodução Facebook

Novela mexicana

A federação entre PT, PSB e outros partidos do campo progressista se transformou em uma verdadeira novela mexicana. O dramalhão ganhou mais um capítulo nesta terça. O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, disse ao Correio Braziliense que “a situação exige que o PT escolha qual é a sua prioridade: se é disputar com o seu principal aliado, na esquerda, os governos estaduais, ou se é conquistar a Presidência da República. Nós estamos dispostos a colaborar com a eleição de Lula, mas também queremos que o PT esteja disposto a colaborar com as nossas candidaturas”.

Reunião

Os presidentes nacionais de PSB e PT, respectivamente, Siqueira e Gleisi Hoffmann, têm uma reunião agendada para ocorrer nesta quinta-feira (20), em Brasília. Os entusiastas da federação estão colocando todas as fichas nesta conversa, e esperam que os partidos aparem as arestas.

Exclusivista

O principal problema para a união dos partidos, na visão do presidente do PSB, é uma “visão exclusivista”, do PT. “É uma visão que precisa ser superada. Não só para unir a esquerda, mas para ampliar o centro”, disse Siqueira.

Acre

Questionado sobre as prioridades do partido para a eleições deste ano, Carlos Siqueira apontou o Acre e mais quatro estados no seleto grupo. “São Paulo, Pernambuco, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Acre… E tem outros candidatos que poderão surgir, mas, até agora, nós colocamos na mesa esses cinco estados. Pode surgir, por exemplo, o Maranhão, onde o PSB, provavelmente, terá candidato também; pode surgir Alagoas”.

Jenilson

Com o Acre na mesa de negociações, a situação do deputado estadual Jenilson Leite (PSB) fica ainda mais confortável para tocar sua pré-campanha para o Governo do Estado. Único nome entre os partidos envolvidos nessa possível federação (PT, PSB, PCdoB e PV) que colocou sua pré-campanha na rua, não deve enfrentar resistência, já que o outro nome entre os partidos da federação que poderia vir para o Governo seria o do ex-senador Jorge Viana (PT), que vem se movimentando muito mais para disputar o Senado do que o Governo.

Vale-gás

O tão necessário e esperado vale-gás começou a ser pago nesta terça-feira (18). O auxílio vai garantir aos beneficiados 50% do valor de uma botija de gás de 13 quilos. Em tempos de pandemia e de desemprego e inflação nas alturas, a medida é um alívio para as famílias mais necessitadas.

DNA acreano

Vale lembrar que a lei do vale-gás tem DNA acreano, pois só foi  possível depois que o deputado federal Leo de Brito (PT) apresentou o Projeto de Lei 1374/21, que instituí o benefício para famílias de baixa renda. “Estou muito feliz que o auxílio gás, que foi criado por meio de um projeto de lei de minha autoria, esteja chegando agora na casa de cinco milhões e meio de brasileiros. Só no Acre, são 51 mil famílias atendidas por esse auxílio. São famílias que precisam dessa ajuda diante da grave situação de insegurança alimentar registrada no Estado atualmente. Dados apontam que cerca de 60% das famílias acreanas enfrentam a insegurança alimentar atualmente”, disse o deputado.

Combate à fome

De acordo com o deputado, o projeto foi pensado como uma medida de combate à fome, que assola o país e também o Acre. “As pessoas estão sofrendo com a alta inflação que eleva todos os dias os preços do alimentos, dos combustíveis, na conta de luz e eu, pelo nosso mandato, sigo trabalhando para buscar alternativas para ajudar quem mais precisa, que sofre com a falta de emprego, de oportunidades”, afirmou Leo de Brito.

Sem carnaval

Em coletiva de imprensa concedida na manhã de hoje, o governador Gladson Cameli (PP) resolveu seguir o exemplo de outros governadores e deu a entender que o carnaval do Acre pode ser cancelado. A medida é uma tentativa de conter o avanço da variante Ômicron do coronavírus e freiar a 3ª onda da pandemia. Porém, a decisão do governador não é definitiva, caso o cenário melhore, poderá sim haver carnaval.

Medidas duras

Na mesma coletiva, em que também participou a secretária estadual de Saúde, Paula Mariano, o governador disse que irá tomar as medidas necessárias, mesmo que ‘antipáticas’ para salvar a vida das pessoas. Caso a situação piore, Gladson não descartou decretar lockdown “se preciso for”.

Consequências

Em ano eleitoral, o governador sabe que medidas como essa podem desagradar parte de seu eleitorado. Ao agir com a razão e ao lado da ciência, o governador faz o certo, mesmo que a atitude lhe custe votos.

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