O servidor estadual Diego Lins, mais conhecido como repórter “Beijoqueiro”, expôs neste domingo (23) em suas redes sociais que vem sofrendo de depressão. O desabafo preocupou os amigos, que comentaram em sua postagem no Facebook.
“Nem sempre nosso sorriso por fora é o mesmo por dentro… afinal tem coisas que o rosto não expressa o que estamos passando… hoje vivo meu maior medo, que é a solidão. Estar sozinho sem ninguém, todos somem, não porque me abandonaram, mas porque tem seus compromissos e também suas famílias, suas coisas… depressão realmente é invisível e perigosa”, diz um trecho da postagem de Diego.
Nos comentários, os amigos demonstraram apoio. “Força Diego. Deus é contigo. Que o Espírito da alegria entre na sua vida destruindo qualquer tristeza”, escreveu uma amiga. Outra amiga, fez uma alerta sobre a depressão: “Meu querido amigo sei bem o que é isso, tive depressão por 7 anos,a tristeza e o medo tornam-se nossos comandantes, mas quero que saiba que isso passa, que há cura viu, eu me curei, há 15 anos”.
Ao ContilNet, Diego disse que a depressão teve início após problemas familiares. “Logo após uma separação conjugal de 09 anos; não é fácil reconstruir a vida sozinho com um filho. E também no ciclo de relacionamento de amizades, por alguns erros que cometi e perdi amizades, que isso também teve um abalo sobre o meu psicológico. Então os resultados vieram agora, com algumas reflexões sobre minha vida”, disse.
Veja a postagem de Diego:
Repórter Beijoqueiro
De acordo com Diego, o “Beijoqueiro” é um personagem criado por ele para ‘transmitir alegria’. “É um personagem que eu tenho transmito alegria, diversão e interação com todas pessoas próximas a minha pessoa. É o meu personagem de beijar as pessoas no meio de uma entrevista, por isso é o repórter beijoqueiro”, disse.
Depressão
De acordo com médico Dráuzio Varella, a Depressão (CID 10 – F33) é uma doença psiquiátrica crônica e recorrente que produz uma alteração do humor caracterizada por uma tristeza profunda, sem fim, associada a sentimentos de dor, amargura, desencanto, desesperança, baixa autoestima e culpa, assim como a distúrbios do sono e do apetite.
É importante distinguir a tristeza patológica daquela transitória provocada por acontecimentos difíceis e desagradáveis, mas que são inerentes à vida de todas as pessoas, como a morte de um ente querido, a perda de emprego, os desencontros amorosos, os desentendimentos familiares, as dificuldades econômicas etc.
Diante das adversidades, as pessoas sem a doença sofrem, ficam tristes, mas encontram uma forma de superá-las. Nos quadros de depressão, a tristeza não dá tréguas, mesmo que não haja uma causa aparente. O humor permanece deprimido praticamente o tempo todo, por dias e dias seguidos. Desaparece o interesse pelas atividades que antes davam satisfação e prazer e a pessoa não tem perspectiva de que algo possa ser feito para que seu quadro melhore.
A depressão é uma doença incapacitante que atinge por volta de 350 milhões de pessoas no mundo. Os quadros variam de intensidade e duração e podem ser classificados em três diferentes graus: leves, moderados e graves. Além disso, ela também pode atingir crianças. e adolescentes.