Taracauense conta como ajuda a sustentar a família vendendo cocadas em RB

Dinheiro pode até não comprar felicidade, mas pode comprar doces, que é quase a mesma coisa. Foi a partir desta frase, de uma propaganda de doces na TV, que a taraucauense Zuleide Souza Lima, de 40 anos e desde os sete vivendo em Rio Branco, casada e mãe de um casal de filhos adolescentes, enxergou a oportunidade que buscava para ajudar o marido Gilberto Lima, um ajudante de serviços gerais de 55 anos que ganha um salário mínimo por mês, nas despesas de casas.

Desde então, e já faz tanto anos que ela nem lembra quantos, tem ajudado o marido na criação dos filhos, uma moça de 19 anos, que pretende estudar Direito numa faculdade particular, e o rapaz de 17 anos, que sonha em ser veterinário. “Se Deus quiser, nós vamos conseguir tudo isso a partir disso aqui”, diz Zuleide exibindo nas mãos o produto que ela vende: cocadas, nos mais variados sabores, de frutas naturais – mamão, banana, abacaxi. Também faz cocadas de leite e ainda bolos caseiros. “É só encomendar que a gente faz”, diz.

Mas a vida de Zuleide não é tão fácil quanto parece. Ela mora com a família no quilômetro cinco da Estrada de Porto Acre, distância que percorre diariamente, depois de trabalhar na fabricação de seus produtos numa bicicleta usada e adaptada com uma caixa para transportar os doces que ela entrega na cidade, já com freguesia certa. “Geralmente, eu entrego em pequenos comércios e em algumas residências. Tem dias que rodo praticamente toda a cidade. Venho do cinco e vou até o Segundo Distrito da cidade”, conta.
Ainda bem que, ao que tudo indica, o ato de tanto provar os próprios doces não alteram a compleição física de Zuleide, uma típica cabocla acreana de pernas grosas e por isso mesmo capaz e preparada para dezenas de quilômetros de pedaladas. Cada unidade de cocada vendida por ela direto ao consumidor custa R$ 2,00. Nos comércios, a entrega da unidade é mais em conta por causa dos lucros dos comerciantes.

Na verdade, Zuleide não em entrega quanto ganha de fato ganha com as vendas, mas admite que o dinheiro é suficiente para ajudar o marido na criação a família e no sustento de uma vida modesta mas confortável. Mas coisas devem melhorar em relação à ela própria e a família. Zuleide e o marido estão preparando um espaço na casa em que vivem para abrir um comércio onde possam expor seus produtos e aceitar encomendas.

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