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Uma reflexão sobre o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto e o preconceito

Por EZIO GAMA, PARA CONTILNET

Reprodução

Antissemitismo é o termo usado para o preconceito contra pessoas de origem semita, como os judeus. O crescimento do antissemitismo na Alemanha aconteceu durante o século XIX. Suas origens têm raízes históricas profundas, as quais relacionaram questões religiosas e políticas ao ódio e aversão ao povo judeu.

O Partido Nazista, de Adolf Hitler, transformou o judeu em um bode expiatório. Passou então a culpá-lo pelos problemas e crises da Alemanha. Através de inspirações em textos antissemitas, também, no livro do protestante Martinho Lutero “Dos Judeus e suas mentiras”, ideias antijudaicas corriam rapidamente na Europa. Ideias Arianas de “pureza da raça” era o combustível para ações de limpeza étnica para Hitler.

Estamos no século XX e ainda não superamos os preconceitos e aversão ao judeu, no entanto, precisamos combater tais correntes ideológicas. Existe antissemitismo de várias vertentes, vejamos: o de cunho cristão é aquele que afirma que os judeus mataram a Cristo e o holocausto foi a vingança de Deus contra eles, portanto foi merecido. No meio religioso também envolve outras crenças teológicas, como a de substituição de Israel pela Igreja;

Outra vertente é a academicista, que utiliza de pesquisas, livros e ideias de autores, como a escritora alemã Hanna Arendt e outros, que afirmam que os judeus que provocaram as hostilidades contra eles mesmos, por serem diferentes e não se enquadrarem nos padrões éticos e gerais das sociedades e nas estruturas políticas vigentes;

Outra corrente fortemente defendida é o antissemitismo muçulmano extremista. Eles defendem a destruição de Israel e seu Estado, os acusando de invasores da Palestina, de racistas, genocidas e deicidas;

Outro tipo é o conspiracionista, que utilizam o livro adulterado chamado “Os protocolos dos sábios de Sião”, como base para relacionar a riqueza das famílias judaicas Rockfeller e Rotschild para afirmar que eles querem e dominam o mundo através de uma conspiração judaica, com manipulação política, financeira e no mercado global;

Os neonazistas, grupos de ideologias que resgatam ideias nazistas, que agem com violência contra alguns grupos, dentre os principais os judeus;

Também um outro, não menos pernicioso, é o da extrema esquerda, que não se recuperou do colapso global do comunismo e socialismo. Com isso, se opõem aos judeus acusando-os de capitalistas, defendendo autoridades palestinas e o desmonte do Estado Judeu. No Brasil, isso ficou evidente com a visita do ex-presidente Lula ao túmulo do ex-líder palestino Yasser Arafat em 2010, mas não visitou o túmulo de Theodor Herzl, fundador do movimento sionista e ainda condenou, com diversas críticas, os programas de Israel na região.

Dia 27 de janeiro foi a data definida pela ONU para o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto. Mesmo assim, dias após a data, vários ataques contra judeus foram relatados em vários países. Assim como o ex-presidente do Irã negam que houve a Shoá (holocausto), muitos outros negacionistas afirmam que há exageros nos relatos. Outros justificam as ações de Hitler argumentando que os alemães estavam passando fome por causa da crise e da guerra, portanto alguém tinha que ser sacrificado. Escolheram os judeus.

Israel é um milagre. Deus os escolheu para ser cabeça e não cauda nas nações. Vários poderosos impérios se ergueram e ruíram e um povo pequeno, espalhado pelas nações pela diáspora (dispersão), foram humilhados, banidos, torturados, massacrados e muitos foram eliminados. No entanto, muitos deles sobreviveram a um dos maiores massacres que a humanidade já viu e ressuscitaram seu idioma e sua pátria. Hoje, diante de tanta oposição e guerra, ainda podemos dizer “Am Israel Chai” (O povo de Israel vive!).

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