Veja o calendário eleitoral para 2022, quando o eleitor terá oportunidade de renovar um terço do Senado

As eleições de outubro de 2022, além de um presidente da República, senadores, deputados federais e estaduais, vai renovar um terço do Senado. Ao todo, 27 senadores ou senadoras, um por unidade da Federação, serão eleitos.

Para o Senado, as eleições se dão num turno único e, como para os demais cargos, ocorrerá em 2 de outubro. O segundo turno (para presidente da República e governadores, se necessário) está marcado para 30 de outubro.

Os prazos do calendário eleitoral aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já começaram a ser contados. Desde 1º de janeiro, por exemplo, há a obrigatoriedade de registro de pesquisas eleitorais e a limitação de despesas com publicidade dos órgãos públicos federais, estaduais ou municipais.

No próximo dia 3 de março, será aberta uma data importante desse calendário, a chamada “janela partidária”, período em que parlamentares eleitos pelo sistema proporcional (deputados estaduais, federais e vereadores) podem trocar de partido sem perder o mandato. A janela vai até 1º de abril. A regra não se aplica aos senadores e senadoras, por serem eleitos pelo sistema majoritário, em que o candidato ou candidata com maior número de votos é eleito.

No dia seguinte, 2 de abril, termina o prazo para que governadoras ou governadores de estados e prefeitas ou prefeitos que pretendam concorrer a outros cargos em 2022 renunciem a seus mandatos. Com a chamada desincompatibilização. Alguns detentores de cargos e categorias profissionais estão sujeitos a normas específicas de desincompatibilização, fruto de decisões proferidas pelo TSE que podem ser consultadas abaixo deste texto.

O dia 2 de abril também é a data limite para o registro, no TSE, dos estatutos dos partidos e das federações partidárias. A possibilidade da união de partidos em federações duradouras foi instituída pelo Congresso Nacional na reforma eleitoral de 2021.

O combate às notícias falsas sobre as eleições vem se tornando uma questão mais relevante a cada pleito. No Congresso, será reinstalada em fevereiro a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News, que deverá atuar para evitar a disseminação de notícias falsas no ano eleitoral. O colegiado deverá ser presidido pelo senador Angelo Coronel (PSD-BA). Segundo ele, eventuais denúncias serão repassadas a órgãos como Polícia Federal, Ministério Público e Tribunal Superior Eleitoral.

A Resolução 23.671 do TSE, de 14 de dezembro, que trata da propaganda eleitoral e das condutas ilícitas na campanha, veda expressamente “a divulgação ou compartilhamento de fatos sabidamente inverídicos ou gravemente descontextualizados que atinja a integridade do processo eleitoral” e prevê que a Justiça Eleitoral, “a requerimento do Ministério Público”, determine “a cessação do ilícito, sem prejuízo da apuração de responsabilidade penal, abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação”.

Outra novidade nesta eleição é a vigência da Emenda Constitucional 111, promulgada pelo Congresso Nacional em 28 de setembro passado. Ela incentiva as candidaturas de negros e mulheres nas eleições e muda a data da posse do presidente da República e dos governadores eleitos a partir de 2026. As datas das posses passarão de 1º de janeiro para 5 de 6 de janeiro, respectivamente.

O artigo 2º da emenda estabelece que, para fins de cálculo dos valores distribuídos pelo fundo partidário e pelo Fundo Especial de Financiamento de Campanha, os votos dados a mulheres ou negros para a Câmara dos Deputados nas eleições realizadas de 2022 a 2030 serão contabilizados em dobro.

Calendário eleitoral
Confira algumas das principais datas das eleições neste ano

  • 1º/jan – Início da obrigatoriedade de registro de pesquisas eleitorais no TSE;
  • 3/mar ‑ 1º/abr – Janela partidária para deputados e vereadores trocarem de partido sem perda de mandato;
  • 4/maio – Fim do prazo para transferência ou solicitação do título de eleitor. Pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida podem solicitar a mudança de circunscrição até 18 de agosto;
  • 11‑13/maio – Teste de confirmação da segurança do sistema eletrônico de votação, na sede do TSE, em Brasília;
  • 15/maio – Início da arrecadação de recursos para as campanhas via financiamento coletivo;
  • 1º/jun – Último dia para que partidos políticos comuniquem ao TSE a renúncia ao Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC);
  • 16/jun – Divulgação, pelo TSE, das quantias disponibilizadas aos partidos pelo FEFC;
  • 30/jun – Vedada a transmissão de programa apresentado ou comentado por pré-candidata ou pré-candidato;
  • 20/jul ‑ 5/ago – Prazo para realização das convenções partidárias;
  • 12/ago -Data final para publicação, pelo TSE, da tabela que servirá de base para a divisão do tempo de propaganda eleitoral gratuita no rádio, na televisão, de acordo com a representação no Congresso Nacional;
  • 15/ago – Prazo final para solicitação de registro de candidaturas;
  • 16/ago ‑ 1º/out -Propaganda eleitoral autorizada, inclusive na internet;
  • 26/ago ‑ 29/set – Propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV. No caso das eleições para o Senado ela ocorrerá às segundas, quartas e sextas: das 7h às 7h05 e das 12h às 12h05, no rádio; das 13h às 13h05 e das 20h30 às 20h35, na televisão;
  • 2/out – Primeiro turno das eleições
  • 30/out – Segundo turno das eleições, caso necessário (apenas para presidente da República e governadores)
  • 12/set – Fim do prazo de apresentação das prestações de contas parciais das campanhas

    1º/nov -Fim do prazo de apresentação das prestações de contas finais das campanhas do primeiro turno

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