A semana que antecede um combate costuma ser sofrida para os lutadores que precisam se apresentar na pesagem dentro do limite de suas categorias. E com o humorista Whindersson Nunes – adversário de Acelino “Popó” Freitas, domingo, em um duelo de boxe no Fight Music Show, em Balneário Camboriú (SC) – não é diferente. O ge acompanha todo o evento em tempo real a partir das 19h, e o Combate transmite ao vivo para seus assinantes.
Whindersson, que desembarcou na cidade na tarde de quinta-feira, precisa perder cinco quilos para chegar aos 75kg e confirmar o duelo com o ex-campeão mundial. Ele sabe que não é fácil abdicar do que gosta para se dedicar à nobre arte, mas exalta a disciplina adquirida no esporte e brinca em entrevista ao ge ao falar de comida.
– Disciplina é a coisa que mais pega. Quando você vai lutar, você tem que abdicar de algumas coisas, deixar de ir na festinha, de beber umas coisas, de comer umas paradas… Isso, na teoria, parece fácil, mas na prática não é tão fácil. Agora eu trocaria tudo por um sanduíche (risos). Mas, lá em cima do ringue, as pessoas veem a diferença de quem não fez a dieta direito, de quem cansou, de quem não treinou todos os dias. A galera da luta percebe isso, o público, que não é besta, também vê o esforço. Quero que as pessoas percebam a minha evolução, a minha disciplina. É você conseguir dizer pra cabeça que não vai fazer tal coisa até tal dia, vou me manter dessa forma porque para chegar no objetivo é assim. Vai ser uma disciplina que vai ficar para o resto da vida e para vários outros trabalhos.
Natural do Piauí, Whindersson Nunes desbravou o Brasil levando seus show de stand up comedy e, agora, espera que a visibilidade de seu combate ajude a despertar nas pessoas o gosto pelo esporte.
– Em várias outras coisas que eu fiz, houve a primeira vez que as pessoas estavam vendo aquilo, show de stand up. Eram pessoas que não tinham costume de irem ao teatro, irem a show de humor, de comédia. E muitos continuam indo. Quero que muitos que não tem contato com o mundo do esporte, entendessem que o mundo do esporte não é um bicho de sete cabeças ou algo que você precisa parar de fazer tudo na vida para se dedicar e evoluir. É uma arte. E eu sou artista. Eu me identifico com a arte marcial. Estava precisando mudar de vida, de hábitos, melhorar minha saúde e encontrei no boxe um lugar de muito conforto no desconforto. Tem que estar incomodado para evoluir.