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Almir Sater revela que participou de Pantanal a convite de Sérgio Reis

Por METRÓPOLES

Instagram/Reprodução

Prestes a estrear no remake de Pantanal como o chalaneiro Eugênio, Almir Sater é apaixonado pelo bioma brasileiro desde a infância. A relação ficou ainda mais forte quando ele teve uma música, Peão Boiadeiro, gravada Sérgio Reis para a trilha sonora da primeira versão, e acabou sendo convidado para integrar do elenco.

“Um amigo do meu pai tinha fazenda lá [no Pantanal], eu fui passar umas férias e me apaixonei. Sempre que falava de férias, eu ficava na porta da casa desse meu vizinho para falar que eu queria ir com ele para o Pantanal. Prometi para mim mesmo que assim que eu pudesse, um dia iria morar nesse lugar. E sonho é tudo na vida”, iniciou.

“Quando aconteceu a primeira novela Pantanal, eu fiz uma música para o Sergio Reis gravar, ele elogiou muito meu toque de viola, disse que eu tinha que levar minha música nas rádios para eles tocarem, levar meus discos para um programador. Aí ele me falou que tinha um projeto chamado Amor Pantaneiro, que eles iam gravar umas músicas para essa obra. Eu nem tinha intimidade com ele nessa época, mas falei: já que você quer que eu faça sucesso, me chama pra fazer essa novela junto com você. Ficamos rindo, ele acabou gravando minha música, nem fazia muito o estilo dele, mas senti que houve uma empatia”, completou.

Um tempo depois, Almir foi contatado pelo sertanejo, questionando se ele gostaria de participar da novela. “Aí eu perguntei se ele ia gravar no Rio de Janeiro, ele disse que não, que gravaria no Pantanal mesmo. Aí eu falei: a gente vai passar um ano no Pantanal e ainda receber por isso? Topo! “

Inicialmente, Almir se apresentaria na TV como ele mesmo, o que mudou após uma conversa com o diretor Jayme Monjardim. “Ele me perguntou se eu queria trabalhar na novela e eu disse que sim. Aí ele disse, então espera aí, vamos falar com o Benedito Ruy Barbosa. Ele perguntou se eu tinha alguma ideia, eu disse que eu era violeiro e que poderíamos trabalhar no folclore da viola. Ruy falou que gostou e ia começar a escrever. Ele realmente escreveu muito bem meu personagem, eu pude tocar, e meu personagem cresceu muito, tanto que o Jayme me convidou para ser o protagonista de uma outra novela dele depois”, disse.

Foi um marco na carreira do cantor. “Todo artista quer que sua arte se divulgue. Quando eu entrei na novela, ela já era sucesso. Comecei a tocar, e de cara o Sergio Reis falou que eu podia levantar o queixo, colocar preço no show, porque estava fazendo sucesso. Comecei a trabalhar muito, como nunca trabalhei na vida, ganhei meu primeiro dinheirinho e comprei meu primeiro pedacinho de terra no Pantanal.

Quando o convite para a nova versão chegou, Almir pensou em recusar o papel, mas desistiu de ideia ao ter contato com o personagem.

“Eu disse que já passou meu tempo, mas chegamos à conclusão de que poderia ser uma participação musical menor. Conversamos eu e Bruno Luperi, autor, e encontramos um papel no qual eu pudesse contribuir. Não adianta ser um papel que não toco. Eu sou músico. Eu faço um chalaneiro, viúvo, cara que vive nesse rio desde que se entende por gente. É um papel bonito, tem falas bonitas. Quando comecei a gravar agora me emocionei. É um papel muito carinhoso”.

Almir vai dividir parte de suas cenas com o próprio filho, Gabriel, que viverá o peão Trindade, mesmo papel interpretado por Almir 31 anos antes.

“Ele já tinha feito Meu Pedacinho de Chão, do Ruy Barbosa; já tinha trabalhado com o Irandhir; e outros trabalhos. Quando eu soube que seria o Gabriel quem faria o Trindade, fiquei muito feliz. O Bruno criou uns enfrentamentos do Trindade com o Eugênio, enfrentamentos musicais. Eu falei para o meu filho, não vou dar moleza, hein. Meu filho toca bem, toca violão erudito. Há uns anos começou a estudar viola. É um cara que se dedica muito. Eu espero que seja tão bom para ele quanto foi para mim, o personagem Trindade”.

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