Livres
Ocorreu no último fim de semana, em São Paulo, a Assembleia Geral do Livres. De acordo com o site oficial, “o Livres é uma associação civil sem fins lucrativos que atua como um movimento político suprapartidário em defesa do liberalismo”. E quem participou desse evento foi o vereador de Rio Branco e pré-candidato ao Governo do Acre, Emerson Jarude (MDB), militante do Livres.
Motivado
À coluna, o vereador disse que voltou motivado do encontro. “Poder dividir o painel do LIVRES com outros pré-candidatos a Governo pelo Brasil foi muito esclarecedor. Conheci as dificuldades de outros estados e pude falar da difícil realidade que vive o Acre hoje em dia”.
Oportunidades
De passagem pela maior metrópole do país, Jarude contou que encontrou acreanos que saíram do estado por falta de oportunidades. “São Paulo é gigante, mas mesmo assim tive a sorte de encontrar amigos acreanos nas ruas da grande metrópole. O problema foi o que ouvi deles. De todos com quem conversei a mesma resposta: ‘Estou morando aqui agora, Jarude. Lá não dava mais, tentei tudo que eu podia e não aguentei. Precisei vir buscar outras oportunidades'”.
Desistência
Para o vereador, os relatos são as provas de que as pessoas estão desistindo do Acre. “Na voz embargada de cada um, a tristeza de quem não queria deixar a sua terra, mas precisou escolher entre um estado onde 8 cada 10 acreanos não tem saneamento básico, 40% dos desempregados desistiram de achar um novo emprego e 90% do PIB é controlado por contracheques ou uma nova chance”, afirmou.
Dar e receber
Ainda segundo Jarude, em São Paulo, ele fez a reflexão de que, até hoje, foi o Acre que deu muito mais do que recebeu. “O Acre nos deu tudo que podia até hoje, desde a borracha e o sangue derramado para ser brasileiro, até as inúmeras chances que tivemos de mudar o nosso próprio destino, se formando em um universidade federal, abrindo negócios, plantando, colhendo e vendendo tudo que essa terra tem de melhor. Crescemos juntos, como a nossa Rio Branco que parou de ser pequena para quase se tornar sede de uma Copa do Mundo. Mas também falhamos em enxergar que enquanto acreditávamos em um Acre de oportunidades, próspero e justo, quem tava no poder se preocupava em sugar até o último centavo que pudesse da nossa economia”.
Não vai desistir
Certa vez, lá em 2014, durante e campanha presidencial, o falecido Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco, disse: “Não vamos desistir do Brasil”. Na mesma linha, Jarude diz que também não vai desistir do Acre. “O Acre não falhou com a gente, nós é que demoramos para reagir. Eu não vou desistir da minha terra. O neto de um soldado da borracha não pode aceitar que essa terra seja menos do que nasceu para ser: o brilho no olhar dos brasileiros e o orgulho no coração de todo acreano. Eu vou ficar e lutar até o fim! E torço para que todo acreano ache esse último fôlego pra que a gente possa começar de novo e construir o Acre que não é ‘deles’. É hora de recuperar o que é nosso”, cravou.
MDB
Filiado ao MDB, a pré-candidatura do vereador ao Governo ainda é uma incógnita. O partido, a nível nacional, negocia federações com o União Brasil e com o PSDB, e como uma federação funciona como um único partido, “o que é hoje, não é amanhã”. No estado, a situação também não é simples, o MDB é da base do governador Gladson Cameli (PP) e por enquanto, não fala em pular do navio. O certo é que Jarude vem candidato este ano, a dúvida que fica é só se ele consegue manter a sua candidatura ao Governo, ou vai disputar uma vaga no Legislativo.
Se movimentando
O deputado federal Leo de Brito (PT) compartilhou em suas redes sociais neste fim de semana os encontros que teve com três lideranças petistas: o deputado estadual Daniel Zen, o ex-prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre, e o presidente da sigla no Acre, Cesário Braga. Em comum, os três são pré-candidatos a uma vaga na Assembleia Legislativa do Acre.
Dobradinhas
Ao que parece, o deputado federal já está articulando as dobradinhas que pode fazer com cada um dos postulantes a uma vaga na Aleac. É normal que candidatos a deputado federal e estadual formem dobradinhas em locais ou segmentos específicos, onde ambos tem entrada, por isso não é raro ver um estadual apoiar mais de um federal e vice-versa.