Com menos de 40 dias, a pequena Maria Valentina está lutando pela vida em Porto Velho. Quando ela ainda estava na barriga da mãe, os médicos perceberam que um dos seus rins não funcionava corretamente. Ao nascer, foi diagnosticada com duas doenças congênitas: meningocele e pé torto congênito (entenda abaixo).
Gravidez
A primeira surpresa para os pais, Tamara Rocha e Augusto Oliveira, foi a própria gravidez. Diante de todo contexto de crise econômica e social, por conta da pandemia da Covid-19, eles não planejavam ter filhos. No entanto, depois do susto, abraçaram a notícia com muito amor.
Segundo Tamara, a gravidez foi tranquila até os sete meses, quando ela descobriu uma diabetes gestacional. Depois disso, toda rotina foi alterada para incluir: acompanhamento médico, alimentação diferenciada e aferição do nível de glicose três vezes ao dia. Todos os cuidados necessários para que a Valentina nascesse saudável.
Na primeira ultrassom, feita ainda no primeiro trimestre da gravidez, tudo aparentava estar perfeito com a Valentina. Já na segunda, alguns meses depois, o médico percebeu um problema no rim esquerdo da bebê, que indicava ser um rim multicístico.
“Ele [o médico] olhou tudo e foi para o rim. Disse que o rim estava dilatado, inchado e cheio de cisto, com muito cisto”, explica a mãe.
Depois das notícias, médico e pais decidiram esperar, com todo acompanhamento necessário, para ver como a pequena Maria Valentina iria se desenvolver.
“Eu fiquei com medo. Cheguei na casa dos meus pais chorando muito, mas a gente sempre foi muito positivo em relação a tudo isso”, comenta.
Parto e surpresas
Maria Valentina nasceu com 38 semanas, dois dias antes do natal de 2021, pesando 3,5 kg. Ela tem os dois pezinhos curvados, quase formando um coração, além de um “caroço” na coluna, que se chama meningocele, e o rim que pode ser multicístico ou policístico.
Logo após o nascimento, ela foi encaminhada até uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde ficou cinco dias. Depois desse período, recebeu alta e conseguiu finalmente ir para casa com os pais.
Desde então, Tamara e Augusto buscam todo tipo de informação sobre as condições da filha e possíveis tratamentos. Nos pezinhos ela usa uma botinha de gesso, que tem o objetivo de tentar corrigi-los sem a necessidade de uma cirurgia.
Condições médicas
O primeiro problema identificado na Maria Valentina foi o rim. Um aparenta ser totalmente saudável, mas o outro é bem dilatado e com a presença de cistos. Ela ainda deve passar por um exame que vai identificar se o rim pode funcionar com tratamento adequado ou não.
Os outros problemas, identificados após o nascimento, são malformações genéticas. O pé torto congênito é a alteração dos ligamentos, músculos, tendões e ossos do pé. Já a meningocele ocorre quando a medula espinhal e o tecido nervoso não se desenvolvem da forma correta e se projetam para fora, formando um “caroço” nas costas do bebê.
Atualmente Valentina é acompanhada por quatro especialistas: nefrologista, ortopedista, pediatra e neurologista. Ela ainda precisa ser acompanhada por um geneticista e um urologista.
Antes de completar três meses de idade, quando seu corpo estará mais desenvolvido, ela precisa passar por uma série de exames para analisar se vai apresentar alguma outra malformação e apontar os melhores tratamentos indicados.
Para ajudar no custo do acompanhamento médico, que deve se prolongar por toda a vida de Valentina, os pais foram até as redes sociais contar um pouco da história e pedir por ajuda.