Antonela, de três anos, quase foi atingida por um dos ataques do homem, de 59 anos, que atirava e jogava pedras aleatoriamente contra carros na BR-262, próximo a Miranda (MS). A menina estava no carro com os pais e o irmão quando a porta traseira do veículo foi atingida por uma pedra. A lataria chegou a ficar danificada.
O fato curioso é que a família só foi saber o que de realmente tinha acontecido mais de dois meses depois do ocorrido. Flávia, os filhos Antonela e Gabriel, de 13 anos, e o esposo, o instrutor de tecido acrobático, Ricardo Rodrigues, 42 anos, retornavam de Campo Grande no domingo (5 de dezembro), quando tudo aconteceu.
No entanto, somente com a prisão do atirador, nesta segunda-terça (7), que a família soube que tinha sido vítima.
A mãe da vítima recorda que quando ouviu o barulho da bala na lataria, pensou em diversas possibilidades do que poderia ter acontecido, no entanto nada chegou perto da realidade. “A princípio o que veio na cabeça foi que o pneu tinha estourado, mas como o carro não balançou, não saiu da pista nem nada, nós só reduzimos a velocidade”, aponta a terapeuta ocupacional.
Entenda o caso
O suspeito dos ataques, ameaça e perseguição foi então preso: um homem de 59 anos, morador em Miranda, que já respondia por dois homicídios, um deles ocorrido em 2012, também atirando a partir da mata, na BR-262. Na época, o caso foi investigado, porém, arquivado por falta de provas. Agora, diante das novas evidências, será reaberto.
Na casa do homem foram apreendidas uma espingarda de pressão adaptada para disparos de calibre .22, munições de calibre .22, uma munição de calibre 556 e uma maleta com diversas peças para manutenção e reparo de armas de fogo. Um estilingue, com pedras separadas para arremesso, também foi encontrado no local.
A polícia esteve na casa dele em cumprimento a mandado de prisão e de busca e apreensão. Como havia armas no local, foi autuado em flagrante por posse ilegal de arma de fogo de uso permitido e posse ilegal de arma de fogo de uso restrito.
O suspeito foi indiciado pela tentativa de homicídio referente ao vídeo investigado. Avalia-se a possibilidade de representação para realização de incidente de insanidade mental do autor.