A defesa dos empresários Joabson Agostinho Gomes e Jordana Azevedo Freire divulgou uma nota em que diz acreditar na inocência de seus clientes e que “segue perplexa” com a nova prisão do casal. Os empresários voltaram a ser presos nesta quarta-feira (9).
![Morte do sargento Lucas Guimarães é investigada por polícia. — Foto: Arquivo Pessoal](https://s2.glbimg.com/LRF5cOn1aXpk3UWtirKE97Er2Ug=/0x0:1056x1280/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2021/Y/2/3fsvfRTamN83TIcuz08Q/whatsapp-image-2021-09-27-at-17.35.08.jpeg)
Morte do sargento Lucas Guimarães é investigada por polícia. — Foto: Arquivo Pessoal
O casal, dono da rede de supermercados Vitória, é suspeito de ordenar o assassinato do sargento do Exército Brasileiro Lucas Guimarães. As investigações da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) apontam que o sargento tinha um caso com Jordana, casada com o empresário Joabson Agostinho que, ao descobrir a traição, mandou matar a vítima.
“Sob outro aspecto, no que diz respeito à prisão cautelar imposta, a defesa segue perplexa com a imposição desnecessária e arbitrária imposição de nova medida prisional cautelar em face do casal”, diz a nota da defesa.
Além de Joabson e Jordana, a polícia prendeu Kamylla Tavares da Silva e Romário Vinente Bentes, ambos suspeitos de participação no crime. Em novembro do ano passado, o homem suspeito de executar o crime foi preso, e segue na cadeia.
Na nota, a defesa do casal reclama não teve acesso ao conteúdo das provas usadas para decretar a nova prisão preventiva, o que segundo os advogados impediria o direito de defesa por parte dos investigados. Além disso, ressaltam que inúmeras ilegalidades foram praticadas ao longo da investigação.
O texto diz ainda que o casal, após deixarem a prisão com a concessão de Habeas Corpus pelo Superior Tribunal de Justiça, nunca praticou qualquer ação que pudesse prejudicar as investigações.
Outros envolvidos no crime
Segundo a polícia, o casal envolveu o gerente de supermercado Romário Vinente Bentes e outras três mulheres para contratar o assassino do sargento do Exército Lucas Ramon Guimarães – veja quem é quem abaixo.
O crime aconteceu no dia 1º de setembro de 2021, quando Lucas estava fechando a cafeteria em que era dono e um homem, depois identificado como Silas Ferreira da Silva, entrou no local atirando contra ele.
Segundo a polícia, são suspeitos de envolvimento no crime:
- Joabson Agostinho Gomes, que teria descoberto que a vítima era amante da mulher;
- Jordana Azevedo Freire, mulher de Joabson que mantinha relação extraconjugal com o sargento;
- Romário Vinente Bentes, gerente do supermercado de Joabson e Jordana;
- Silas Ferreira da Silva, suspeito de matar o sargento a tiros;
- Kamylla Tavares da Silva, que teria ajudado Romário a entrar em contato com Silas;
- Kayandra Pereira de Castro, que encontra-se foragida e também teria ajudado no contato com Silas;
- e Katyane Castro Pinheiro, que encontra-se foragida e também teria ajudado no contato com Silas.
De acordo com a PC, Romário Vinente Bentes, preso na manhã desta quarta-feira (9), era gerente da rede de supermercados Vitória, que pertence ao casal, e braço direito de Joabson na contratação do assassino.
Silas, apontado como executor do crime, está preso desde novembro de 2021 e teria recebido R$ 65 mil para realizar o homicídio.
Também foi presa Kamylla Tavares da Silva, que segundo a polícia, ajudou Romário na troca de mensagens com Silas. No dia do crime, Kamylla teria contactado o assassino para evitar o contato de Romário com Silas.
Outras duas mulheres, Kayandra Pereira de Castro e Kayanne Castro Pinheiro estão sendo procuradas pela polícia. Segundo a PC elas também ajudaram Kamylla na articulação com Silas.
O grupo foi encaminhado Instituto Médico Legal (IML) para realizar exame de corpo de delito. A Polícia Civil considera o caso elucidado e irá encaminhar o mesmo à Justiça.
Ainda de acordo com a polícia, Romário, Joabson, Kamylla passarão por audiência de custódia. Já Jordana responderá pelo caso em prisão domiciliar.