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Defesa diz estar ‘perplexa’ com nova prisão de casal suspeito de matar sargento

Por G1

Traição teria motivado assassinato de sargento em Manaus. Donos de rede de supermercado foram presos. — Foto: Reprodução

A defesa dos empresários Joabson Agostinho Gomes e Jordana Azevedo Freire divulgou uma nota em que diz acreditar na inocência de seus clientes e que “segue perplexa” com a nova prisão do casal. Os empresários voltaram a ser presos nesta quarta-feira (9).

Morte do sargento Lucas Guimarães é investigada por polícia. — Foto: Arquivo Pessoal

Morte do sargento Lucas Guimarães é investigada por polícia. — Foto: Arquivo Pessoal

O casal, dono da rede de supermercados Vitória, é suspeito de ordenar o assassinato do sargento do Exército Brasileiro Lucas Guimarães. As investigações da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) apontam que o sargento tinha um caso com Jordana, casada com o empresário Joabson Agostinho que, ao descobrir a traição, mandou matar a vítima.

“Sob outro aspecto, no que diz respeito à prisão cautelar imposta, a defesa segue perplexa com a imposição desnecessária e arbitrária imposição de nova medida prisional cautelar em face do casal”, diz a nota da defesa.

Além de Joabson e Jordana, a polícia prendeu Kamylla Tavares da Silva e Romário Vinente Bentes, ambos suspeitos de participação no crime. Em novembro do ano passado, o homem suspeito de executar o crime foi preso, e segue na cadeia.

Na nota, a defesa do casal reclama não teve acesso ao conteúdo das provas usadas para decretar a nova prisão preventiva, o que segundo os advogados impediria o direito de defesa por parte dos investigados. Além disso, ressaltam que inúmeras ilegalidades foram praticadas ao longo da investigação.

O texto diz ainda que o casal, após deixarem a prisão com a concessão de Habeas Corpus pelo Superior Tribunal de Justiça, nunca praticou qualquer ação que pudesse prejudicar as investigações.

Outros envolvidos no crime

Segundo a polícia, o casal envolveu o gerente de supermercado Romário Vinente Bentes e outras três mulheres para contratar o assassino do sargento do Exército Lucas Ramon Guimarães – veja quem é quem abaixo.

O crime aconteceu no dia 1º de setembro de 2021, quando Lucas estava fechando a cafeteria em que era dono e um homem, depois identificado como Silas Ferreira da Silva, entrou no local atirando contra ele.

Segundo a polícia, são suspeitos de envolvimento no crime:

  1. Joabson Agostinho Gomes, que teria descoberto que a vítima era amante da mulher;
  2. Jordana Azevedo Freire, mulher de Joabson que mantinha relação extraconjugal com o sargento;
  3. Romário Vinente Bentes, gerente do supermercado de Joabson e Jordana;
  4. Silas Ferreira da Silva, suspeito de matar o sargento a tiros;
  5. Kamylla Tavares da Silva, que teria ajudado Romário a entrar em contato com Silas;
  6. Kayandra Pereira de Castro, que encontra-se foragida e também teria ajudado no contato com Silas;
  7. e Katyane Castro Pinheiro, que encontra-se foragida e também teria ajudado no contato com Silas.

De acordo com a PC, Romário Vinente Bentes, preso na manhã desta quarta-feira (9), era gerente da rede de supermercados Vitória, que pertence ao casal, e braço direito de Joabson na contratação do assassino.

Silas, apontado como executor do crime, está preso desde novembro de 2021 e teria recebido R$ 65 mil para realizar o homicídio.

Também foi presa Kamylla Tavares da Silva, que segundo a polícia, ajudou Romário na troca de mensagens com Silas. No dia do crime, Kamylla teria contactado o assassino para evitar o contato de Romário com Silas.

Outras duas mulheres, Kayandra Pereira de Castro e Kayanne Castro Pinheiro estão sendo procuradas pela polícia. Segundo a PC elas também ajudaram Kamylla na articulação com Silas.

O grupo foi encaminhado Instituto Médico Legal (IML) para realizar exame de corpo de delito. A Polícia Civil considera o caso elucidado e irá encaminhar o mesmo à Justiça.

Ainda de acordo com a polícia, Romário, Joabson, Kamylla passarão por audiência de custódia. Já Jordana responderá pelo caso em prisão domiciliar.

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