Paulinha Abelha, do Calcinha Preta, continua em coma na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Primavera, em Aracaju (SE). Em coletiva realizada hoje no hospital, na qual Splash acompanhou, os médicos responsáveis pelo tratamento da cantora indicaram que a parte neurológica é a que mais preocupa, enquanto o resto do quadro está estabilizado.
Os especialistas afirmaram que Paulinha está em escala de Glasgow 3, ou seja, a “mais grave do coma” — uma pessoa saudável tem a escala Glasgow 15. A entrevista foi realizada pelo Dr. André Luis Veiga, médico intensivista, Dr. Ricardo Leite, diretor técnico do Hospital Primavera, e Dr. Marcos Aurélio Alves, médico neurologista.
Coma é uma condição reversível. Em nenhum momento falamos em morte cerebral. Existe o coma profundo, que traduz uma injúria encefálica severa, mas não existe o conceito de irreversibilidade ainda Dr. Marcos Aurélio
O trio ainda indicou que os exames não mostraram qualquer lesão anterior relacionada ao uso de substâncias de cunho estético, como remédios de regime ou diuréticos. “Ela tomava algumas formulações, mas era em caráter supervisionado [por médicos].”
“A gente trabalha com proximidade de uma lesão renal aguda. Muitos pacientes se recuperam em situações assim, outros podem desenvolver um caso mais crônico e necessitar de terapia renal substituída. Nesse momento, substituímos pela hemodiálise”, acrescentou o Dr. Ricardo Leite.
Diferentemente do que era previsto e desejado pela família da cantora, Paulinha não será transferida para São Paulo. Na coletiva, os médicos disseram que o hospital no qual ela está internada tem todo o equipamento necessário que ela precisa por enquanto.
A cantora está internada desde o último dia 11 de fevereiro, quando passou mal durante uma turnê em São Paulo. Na última semana, a equipe do Calcinha Preta afirmou a Splash que a cantora está com uma bactéria no cérebro — a informação foi rebatida hoje pelos médicos.