Conforme o coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, tenente-coronel Cláudio Falcão, há ainda previsão de muita chuva para as próximas duas semanas. Com isso, o mês de fevereiro pode fechar com acumulado de chuva muito acima da média esperada.
O mês de janeiro fechou com as chuvas um pouco acima do esperado. Segundo dados da Defesa Civil, foram 294,7 milímetros nos 31 primeiros dias do ano, sendo que o esperado é um acumulado de 289,5 mm.
O volume intenso de chuva nas primeiras 24h do mês de fevereiro acaba ainda influenciando também no nível dos rios em todo estado.
“Ao longo da bacia tivemos aumento significativo de nível dos rios. Por exemplo, em Xapuri tivemos uma elevação de 3,23 metros nas últimas 24h. Em Assis Brasil, foram mais de dois metros, em Brasileia também dois metros. Isso significa que nas próximas horas vamos ter o reflexo dessas águas que vêm das cabeceiras aqui na capital”, informou Falcão.
Há dois tipos de riscos, segundo o coordenador da Defesa Civil, o geológico – desmoronamento de terra e outros causados pela chuva – e o hidrológico – áreas atingidas em caso de cheia do rio.
Com possibilidade de deslizamento de terras, quedas de árvores e muros, a capital acreana tem pelo menos 39 bairros que ficam em áreas consideradas de risco geológico. Destas áreas, 21 estão mapeadas, ou seja, são monitoradas, e outros 18 estão em processo de mapeamento. Já com relação ao risco hidrológico, são em torno de 40 áreas na capital.
“Continuamos em total ação nos bairros que monitoramos com relação aos riscos hidrológicos, que são atingidos em caso de cheia do Rio Acre, e também dos bairros em risco geológico, que são as outras áreas que a chuva agrava nesse momento, com risco de desmoronamento, deslizamento de terras e outras situações”, disse.