Como progride
Quando surge uma nova doença, cujas causas são ignoradas, somente a ciência poderá identificá-la.
Para a ciência, e em particular, a OMS-Organização Mundial de Saúde, declara uma doença como uma pandemia, a mesma já deve ter passado por dois estágios: por surtos e epidemias. O surto é quando ela se apresenta numa pequena faixa territorial, num município, por exemplo. Quando o surto avança para vários municípios e até mesmo para diversos Estados a doença passa a ser classificada como uma epidemia, mas para ser considerada como uma pandemia, faz-se necessária que a mesma já se faça presente em todo o mundo. Isto aconteceu com todas as pandemias e também com a Covid-19.
A pandemia da Covid-19 surgiu de um surto ocorrido numa cidade da China e se transformou numa epidemia quando chegou a diversos países asiáticos e europeus. Entretanto, quando chegou aos nossos cinco continentes, a OMS declarou que se tratava de uma pandemia. A partir de então, os mais especialistas em doenças contagiosas, os melhores do mundo, e seus principais centros científicos, cuidaram de descobrir uma vacina que detivesse a sua contaminação, até porque, seja de natureza virótica ou bacteriana, uma pandemia só será erradicada via vacinação.
A propósito, a humanidade já teve que enfrentar várias pandemias. Citaremos algumas delas: varíola, sarampo, febre amarela e a mais recente delas, ocorrida no século passado, a gripe espanhola, e todas, invariavelmente, só foram enfrentadas via vacinação. Casos isolados de infectados dessas de outras pandemias ainda podem acontecer, porém de forma endêmica, mas as vacinas para combatê-las já foram descobertas.
Em relação à pandemia da Covid-19, graças aos extraordinários avanços da nossa medicina, em menos de um ano, sua vacina foi descoberta, enquanto a vacina contra as pandemias acima citadas, a mais rápida só veio ser descoberta após cinco anos de estudos, pesquisas e experiências.
Ainda assim, nos seus dois primeiros anos, contaminados pela Covid-19, mais de cinco milhões de humanos perderam suas vidas, entre eles, 620.000 brasileiros, esta por sua vez, a maior tragédia de nossa história.
A par de tudo o que acima foi descrito, ainda existe quem conteste a eficácia da vacina. Reporto-me aos negacionistas, àqueles que não creem que suas vidas poderão ser salvas, bastando para tanto que se vacinem, e não por acaso, são eles que ora superlotam os nossos sistemas de saúde, nossos leitos hospitalares e as nossas UTIs.
Mais recente vítima da Civid-19 e que tanto a subestimou veio ser o falsamente proclamado filósofo, Olavo de Carvalho, autor de um livro rotulado: “O mínimo que você precisa saber para não se tornar um idiota”. O mesmo não acreditava na vacinação contra a Covid-19 e subestimava a sua gravidade e como resultado pagou um altíssimo preço: sua própria vida.