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“Pensei em me jogar, não sabia o que fazer”, diz ao ContilNet jovem assediada por motorista de app no AC

Por NANY DAMASCENO, DO CONTILNET

Helena contou ao ContilNet detalhes do caso. Foto: Reprodução/redes sociais

A jovem Helena Moura, de 21 anos, que foi vítima de assédio por parte de um motorista de aplicativo, concedeu uma entrevista exclusiva ao ContilNet, onde deu detalhes do crime ocorrido neste domingo (6).

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Helena disse que na hora de solicitar a corrida, errou e clicou na opção moto, e só percebeu isso quando o motorista chegou, mas mesmo assim ela não cancelou e seguiu a viagem que seria um pesadelo.

“Quando eu subi, ele já começou: ‘Nossa você é muito cheirosa, com certeza deve ter namorado’, e eu disse que tinha namorada”, nos disse Helena, explicando que mesmo solteira, decidiu dizer que tinha namorada para tentar frear o assédio que começou.

“Eu disse: ‘Moço, eu sou uma passageira’ e ele virou o retrovisor e ficava o tempo inteiro pedindo: ‘Olha aqui pra mim, pra eu ver como seus olhos são lindos’ e eu dizia para ele parar, por favor, e eu não tinha outra reação, eu estava com medo de ele me levar para outro lugar e eu não sabia se eu me jogava, não sabia o que fazer!”, diz ainda apavorada.

Ele chegou a pedir para ter relações sexuais com ela. A jovem resumiu o momento como desesperador: “Ele ficava olhando para minha boca pelo retrovisor, passou por um buraco e quase caímos, porque ele estava olhando pra mim”. Parte do que aconteceu, Helena relatou em seu perfil no Instagram ainda na noite de domingo, pouco depois do ocorrido.

Agora, um pouco mais calma, porém ainda muito abalada, ela diz que tenta uma resposta do aplicativo. “Eu acho que a empresa, ao ouvir esse relato, tinha que cancelar a concessão para esses motoristas. Eu sou assediada constantemente, mas nunca havia chegado a esse nível”.

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