O vídeo mostra alguns policiais se aproximando dos manifestantes e dando ordem para que eles guardassem as faixas. Confira diálogo do vídeo abaixo:
Policial: “Nenhuma manifestação com faixa, por favor. Nenhuma faixa.”
Manifestante: “Dentro do cercado tudo bem, mas aqui a gente pode.”
Policial: “Não interessa […] toda área aqui é uma área de isolamento policial, nós estamos solicitando que não tenha manifestação com faixa. Não tô nem lendo o que está escrito na faixa. Abaixa a faixa, por favor”.
Na sequência manifestantes tentam dialogar e o agente responde: “Se o senhor não obedecer vai ser conduzido. Estou dando uma ordem pro senhor. Se não obedecer vai ser conduzido por desobediência”.
Manifestantes que estavam no local afirmaram que viram a ação dos policiais como tom de “ameaça” e “tentativa de intimidação”.
“Estávamos em poucas pessoas, em uma manifestação pacífica e quando ele [o presidente] estava se aproximando para entrar no palácio queríamos levantar as faixas. Neste momento, os agentes da PRF nos intimidaram dizendo que ali não era permitido o uso de faixas. Alegamos que estávamos fora da área de segurança e que ali poderíamos levantar as faixas. Então eles disseram que poderíamos ser presos por isso. Foi nesse momento que recuamos porque poderíamos sofrer prisões arbitrárias”, disse Ocelio Muniz, coordenação do Movimento dos Atingidos por Barragem e Frente Brasil Popular em RO.
O g1 procurou a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a Polícia Militar (PM) e a Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec) para questionar sobre a ação dos policiais. A assessoria de comunicação da PRF informou que encaminhou as questões para a Direção-Geral em Brasília para posterior análise e pronunciamento. A PM e a Sesdec não se pronunciaram até a última atualização dessa reportagem.
O presidente Jair Bolsonaro viajou para Porto Velho nesta quinta-feira (3) para um encontro com o presidente do Peru, Pedro Castillo, no Palácio Rio Madeira, sede do governo de Rondônia.
Este foi o segundo encontro de Bolsonaro neste ano com líderes da América do Sul. Em janeiro, ele esteve no Suriname, onde se encontrou com o presidente Chandrikapersad Santokhi, e com o presidente da Guiana, Mohamed Irfaan Ali.
Durante a visita Bolsonaro, disse que, dos seus 23 ministros, prevê a troca de 11 que devem deixar o governo para disputar as eleições em outubro.
“Temos previstos, no momento, 11 ministros que vão disputar eleição. Obviamente que vamos ter ministérios-tampão”, afirmou Bolsonaro.