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Conmebol encerra eliminatórias com 18 datas e discute formatos para Copa do Mundo de 2026

Por GE

Aumento das vagas para a América do Sul em 2026 inviabiliza formato atual, com 18 datas: favoritos, como Brasil e Argentina, se classificariam com ainda mais antecedência — Foto: Juan Ignacio Roncoroni/EFE

As eliminatórias Sul-Americanas para a Copa de 2022 apenas terminaram, e a Conmebol já discute como vai fazer a edição seguinte, para o Mundial de 2026. Uma decisão já está tomada: o atual formato, por pontos corridos, com os 10 países se enfrentando em jogos de ida e volta, não será repetido. Não há como.

Até a Copa do Mundo do Catar, a América do Sul tinha direito a quatro vagas diretas – o quinto colocado disputa uma repescagem, que neste ano será contra um representante da Ásia. A partir do Mundial de 2026, com o torneio inchado para 48 seleções, a Conmebol passa a ter direito a seis vagas diretas e mais uma de repescagem.

A Fifa sorteia os grupos da Copa do Mundo de 2022 na próxima sexta, às 13h (de Brasília) com transmissão da Globo, SporTV e ge

Na avaliação da cúpula da Conmebol, o atual formato deixa de fazer sentido do ponto de vista esportivo e comercial. Com “seis vagas e meia”, é provável que os favoritos de sempre – Brasil e Argentina – se classifiquem com ainda mais antecedência do que acontece hoje, com menos lugares na Copa.

Isso naturalmente levaria a um desinteresse das duas grandes potências, as seleções brasileira e argentina, e seus jogadores, causando desequilíbrio esportivo e a menor atração nesses dois mercados. Como consequência, seria ainda mais difícil do que já ter que lidar com clubes europeus sempre descontentes em liberar seus jogadores para atuar na América do Sul.

A mudança de formato nas Eliminatórias Sul-Americanas é tema de conversa até entre jogadores da região, como revelou recentemente o capitão da seleção brasileira, Thiago Silva.

Formatos em Discussão

Encontrar um novo formato tem sido mais difícil do que se imaginava quando essa discussão começou, meses atrás. De um lado, é preciso manter o torneio atrativo comercialmente.

Por um lado, o alto número de jogos pode levar ao desinteresse esportivo. Por outro, quem vai decidir o novo formato são as associações nacionais de futebol. E, para elas, quanto mais jogos houver, mais chances de faturar – com venda de direitos de TV, publicidade, ingressos etc.

Algumas ideias estão na mesa, e serão discutidas durante o Congresso da Conmebol, a ser realizado nesta sexta-feira, em Doha, no Catar – horas antes do sorteio dos grupos da Copa do Mundo.

É provável que os 10 times sejam separados em dois grupos de cinco. A partir daí, há algumas opções:

  1. As seleções enfrentam as rivais do outro grupo, em jogos de ida e volta – o que exigiria o uso de 10 datas. As duas primeiras de cada grupo se classificariam diretamente para a Copa do Mundo. Os terceiros e quartos colocados de cada chave se enfrentariam num torneio que classificaria mais dois – e um deles ainda teria a chance de ir para a repescagem.
  2. As seleções se enfrentariam dentro de cada grupo, o que tomaria oito datas no calendário. As três primeiras de cada grupo se classificariam diretamente para a Copa do Mundo. Os dois quartos colocados duelariam para decidir o representante sul-americano na repescagem.

 

Outros formatos estão sendo avaliados e serão apresentados aos representantes das 10 associações nacionais de futebol. Embora o assunto seja tema de discussão nesta semana no Catar, é improvável que alguma decisão seja tomada agora.

Aproximação com a Uefa

Qualquer novo formato vai significar uma redução no número de datas usadas pelas Eliminatórias Sul-Americanas (hoje são 18). Ao mesmo tempo, a Conmebol também se aproxima da Uefa. No início desse mês, o presidente da Uefa, Aleksander Ceferin, afirmou em entrevista exclusiva ao ge que “é viável” a participação de seleções sul-americanas na Liga das Nações da Europa.

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