Maitê Proença concedeu uma entrevista à Quem e desabafou sobre o texto autobiográfico de sua peça teatral. A atriz, após muitas exibições digitais, finalmente subiu ao palco no Rio de Janeiro com seu trabalho: O pior de mim.
“Tomei uma injeção de coragem e fui olhar onde eu errei pesado. Porque me equivoquei tanto. Porque ergui muros onde eu devia ter construído pontes? O que eu não via que só enxergo agora? Quando todo mundo assistia a uma estrela radiante e bem-sucedida, o que de fato estava acontecendo por dentro? Tudo isso eu coloquei na peça e no livro, que é diferente da peça, mas partiu do mesmo rascunhão”. Contou Maitê Proença
“Acho que cada vez que faço no palco, sai mais obstáculo do meu corpo”. Revelou Maitê Proença que tem mais de 40 anos de carreira. “Sou uma otimista, acordo cantando. Fiz opção pela alegria. A vida nem sempre facilita, mas se a gente quiser, olha os perrengues de forma que consegue lidar com eles. Olhar para fora em vez do umbigo também ajuda muito. O mundo é vasto e interessante”.
Nos palcos, Maitê Proença ainda abre o coração ao declarar seu amor pela namorada. “Estou me relacionando com uma pessoa (Adriana Calcanhotto) que por acaso é mulher. Eu gosto de homem, minha tendência é essa, mas gostei dela e ela gosta de mulher, então…”, disse.
“Era o princípio (da pandemia), eu não colocava o nariz para fora de casa, minha filha carregava minha primeira neta na barriga, era a única pessoa que eu via, quando nos visitávamos, muito raramente, e eu não podia contaminá-la. Estava sozinha e com medo da volta que o mundo deu, do desconhecido, do futuro”. Desabafou Maitê Proença.
“Sou uma buscadora do autoconhecimento, é minha praia, com ou sem pandemia. Mas com as fake news em alta, as pessoas enclausuradas e limitadas às mídias sociais – um mundo de gente feliz, repleta de amigos bem-sucedidos – e aos reality shows, com personagens bem pensados para ganhar o milhão, expor o pior de mim seria um antídoto para mentira toda”, finalizou Maitê Proença.