A tática chinesa
Que o comportamento da China seja uma tática cuja estratégia seja a de por fim a guerra Rússia/Ucrânia.
Os EUA e a Rússia só se unem quando em defesa e no interesse de si mesmos, de resto, sempre viveram em permanentes conflitos. De pacificadores, propriamente ditos, jamais podemos considerá-los, posto que, vêem de longe as suas desavenças e tendo como objetivo a hegemonia mundial, algo inconcebível nos tempos modernos.
A exemplificar, o fim da segunda guerra mundial. Foi com o propósito de conter o nazismo que já havia se instalado em vários países da Europa e já avançava as vizinhanças da então URSS que Stalin veio se unir ao Reino Unido, França e EUA e impusera a derrota de Adolfo Hitler. Vale ressaltar a expressão de autoria do grande estadista Winston Chuchill: “Se Hitler invadisse o inferno, eu faria pelo ao menos uma referência favorável ao diabo na Câmara dos Deputados”.
Terminada a segunda guerra mundial, ao invés de uma paz duradoura, recrudesceram os interesses individuais da URSS e a dos EUA, ambos com pretensões hegemônicas, fundado em suas ideologias. A Rússia pregava o socialismo e os EUA o capitalismo. Resultado: o mundo restou dividido, e como conseqüência, por longos 46 anos passou a viver no que restou denominado de guerra fria.
No curso da guerra fria, os potenciais beligerantes elegeram como principal objetivo aumentar os seus arsenais armamentistas e multiplicar os seus exércitos, inclusive com armas de destruição em massa, no caso, com bombas atômicas. Não é demais lembrar que no seu auge, a URSS chegou a montar uma base de lançamentos de misses na ilha de Cuba, ou seja, nas vizinhanças dos próprios EUA. Ainda bem que a loucura tem seus limites e a base fora desfeita sem que houvesse um único disparo.
Hoje, mais de uma dezena de países já dispõem de arsenais atômicos, embora nenhum deles tenha ousado utilizá-lo, até porque, caso isto venha acontecer, teria início a 3ª guerra mundial, cujo fim seria o mais trágico possível. Consciente dos resultados do que seria uma guerra atômica, o próprio Albert Einstein chegou a dizer: “não sei como será a 3ª guerra mundial, mas sei como será a 4ª: a base de pedras e paus”.
Para por fim a presente guerra, dado o seu exuberante poderio econômico e, certamente, possuidor de um respeitável arsenal atômico, somente o presidente da China, XI Jinping, terá condições de se apresentar como o negociador da paz entre russos e ucranianos, posto que, sua aparente neutralidade, lhes confere tão singular autoridade.
De todo modo, há que se responsabilizar o presidente da Rússia, Wladimir Putin como tendo sido o principal provocador, isto sem se isentar a OTAN por suas omissões, e não raramente, pelos seus próprios erros.