A Polícia Federal (PF) cumpre, nesta sexta-feira (11/3), mandados de busca e apreensão em endereços ligados a três deputados federais do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro. Os parlamentares são suspeitos de desvio de recursos de emendas parlamentares.
Um deles é Josimar de Maranhãozinho (PL-MA), flagrado em vídeo feito pela PF manuseando maços de dinheiro em seu escritório, conforme revelado pela Revista Crusoé. Maranhãozinho é formalmente pré-candidato do PL para sucessão de Flávio Dino (PSB) no governo do estado. E foi apontado em inquérito da PF como responsável pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Bosco Costa, de Sergipe, e Pastor Gildenemir, do Maranhão, também são alvo da operação desta sexta.
As buscas, autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski, estão sendo realizadas nas residências dos parlamentares e em escritórios políticos nos estados. Lewandowski negou buscas nos gabinetes de parlamentares na Câmara dos Deputados.
Recentemente filiado ao PL, Bolsonaro demonstrou a aliados preocupação com a possibilidade de ter de dividir palanque com Maranhãozinho. Como mostrado pela coluna de Igor Gadelha, no Metrópoles, o postulante à reeleição disse entender a complexidade da situação, mas procura solução com o presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto.
Parlamentares maranhenses aliados a Bolsonaro sugeriram ao presidente da República que uma das soluções para o imbróglio poderia ser a retirada do nome de Maranhãozinho da disputa. Em jantar com políticos do estado no fim de fevereiro, o deputado informou que não desistirá de disputar o governo do Maranhão.
A reportagem procurou o PL para manifestação sobre o assunto. O partido, porém, ainda não respondeu. O espaço segue aberto.