Ícone do site ContilNet Notícias

Rússia ataca escola que abrigava 400 refugiados, diz conselho na Ucrânia

Por O GLOBO

Moradores caminham perto de edifícios residenciais danificados durante o conflito Ucrânia-Rússia na cidade portuária sitiada de Mariupol, Ucrânia, em 18 de março de 2022 Foto: STRINGER / REUTERS

Forças russas bombardearam uma escola de arte na cidade portuária ucraniana sitiada de Mariupol onde cerca de 400 moradores se abrigavam, informou o conselho da cidade neste domingo, em mais um dia da invasão russa na Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro. A cidade está sitiada há 20 dias, e sua situação humanitária, sem fornecimento de água ou de eletricidade, é a mais dramática da guerra na Ucrânia.

Em uma atualização no Telegram, a administração municipal disse: “Ontem, os ocupantes russos lançaram bombas na Escola de Arte G12, no distrito da margem esquerda de Mariupol, onde cerca de 400 moradores de Mariupol estavam escondidos — mulheres, crianças e idosos. Sabe-se que o prédio foi destruído, e pessoas pacíficas ainda estão sob os escombros. As informações sobre o número de vítimas estão sendo esclarecidas”.

O ataque acontece em um contexto de aumento do poder de fogo usado pelas forças russas em Mariupol, no Sudeste, o que acarreta em mais destruição indiscriminada. A tática mais destrutiva tem o objetivo de limitar as próprias perdas e acelerar os avanços russos. As forças russas ainda não controlaram nenhuma das dez maiores cidades do país.

Em seu boletim diário sobre a guerra, a Inteligência britânica disse que “durante a semana passada, as forças russas fizeram progressos limitados na captura dessas cidades; em vez disso, a Rússia aumentou seu bombardeio indiscriminado de áreas urbanas, resultando em destruição generalizada e grande número de vítimas civis. É provável que a Rússia continue a usar seu poder de fogo pesado para apoiar ataques em áreas urbanas, pois procura limitar suas próprias perdas já consideráveis, ao custo de mais baixas civis.”

Mariupol tem uma importância estratégica no mapa. Se a cidade cair, isso daria à Rússia o controle de um dos maiores portos da Ucrânia e criaria um corredor terrestre entre a Península da Crimeia, anexada em 2014, e as regiões de Luhansk e Donetsk, no Leste, controladas por separatistas apoiados pela Rússia.

Uma conexão entre a Crimeia e a Rússia continental facilitaria muito para a Rússia transportar mercadorias e soldados entre o seu território e a Crimeia. Atualmente, a península está conectada à Rússia por meio de uma única ponte, construída com grande custo após a anexação russa.

Leia mais em O Globo.

Sair da versão mobile