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Sobre greve da Educação, Bocalom diz que negociações estão sendo feitas: “Questão de tempo”

Por RENATO MENEZES, PARA CONTILNET

Prefeito Tião Bocalom em coletiva de imprensa na sede da Prefeitura de Rio Branco. Foto: Renato Menezes/ContilNet.

Em coletiva de imprensa para registro de entrega dos tablets à Educação do município, o prefeito Tião Bocalom comentou acerca da manifestação dos servidores que ocorria na frente da sede da Prefeitura nesta quinta-feira (03). Na ocasião, ele disse que a negociação está “andando bem”.

“Eu acho que a equipe da Segati (Secretaria de Gestão Administrativa e Tecnologia da Informação), que cuida de pessoal, já fez todos os cálculos, mostrou para todo mundo, para os professores, sobre como nós não podemos dar um aumento exclusivo a uma categoria e deixar a outra”, comentou.

Além disto, Bocalom falou também que a questão do piso salarial foi aceita pela equipe de negociação da Prefeitura, e que é ‘questão de tempo’ até que as coisas se resolvam para ambos os lados. Vale ressaltar que a previsão do início do ano letivo está agendada para o próximo dia 21 de março.

“Essa questão do piso salarial nós aceitamos, estamos apenas em uma discussão porque eles querem que a gente pague de uma vez, nós estamos querendo dividir em três vezes para não dar impacto e não extrapolar lei de responsabilidade fiscal. A Segati está conduzindo isso, acredito que não vamos ter muitos problemas no futuro não. É questão de tempo. O mais importante é que a Prefeitura entende que, se existe esse piso, então a gente quer implantar o piso”, pontuou.

O prefeito complementou ainda que não vai ‘extrapolar’ o que a lei ordena para que não dê problemas com a lei de responsabilidade fiscal. A proposta é que a divisão seja feita em três parcelas. No entanto, em protesto, os servidores querem que o dinheiro seja pago em parcela única.

“Não podemos é inviabilizar a gestão. Não podemos fazer como outros gestores de repente fazem, que é dar aumentos de última hora só para ter ganhos políticos. Nós estamos aqui para cuidar bem do município, e cuidar bem do município significa não extrapolar o que a lei manda. Então para não ter problema com a lei de responsabilidade fiscal, propomos para eles uma divisão em três parcelas, mas implantando o piso-base. Eles têm o direito e nós vamos cumprir”, finalizou.

A secretária municipal de Educação, Nabiha Bestene, diz que não estava envolvida nas negociações, mas espera que a situação se resolva para que o ano letivo possa iniciar sem complicações.

“Tem uma equipe orçamentária-financeira da prefeitura que está fazendo isso (a negociação). Daí estamos trabalhando mais na parte administrativa e didático-pedagógica juntamente com a diretoria de ensino para ver a retomada que a gente quer fazer do ano letivo”, frisou.

Greve da educação

Os servidores da Educação do Acre, que incluem funcionários municipais e estaduais, se concentraram nesta quinta-feira (03) em frente da sede da Prefeitura de Rio Branco, no Centro de Rio Branco, para protestar acerca dos reajustes salariais.

Com cartazes, a categoria, que segue em greve, diz que só finalizará o ato grevista quando a prefeitura chamar os servidores para conversar e mostrar propostas que atendam a pauta reivindicada. Dentre os questionamentos, está o pagamento de reajuste de piso do magistério em parcela única.

“A lei do piso é parcela única, e não permitiremos o senhor fazer parcelado, que é para não prejudicar as outras negociações nas outras prefeituras que vem cumprindo com a lei”, falou a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), Rosana Nascimento.

Servidores se reuniram em frente da sede da Prefeitura de Rio Branco nesta quinta (03). Foto: Renato Menezes/ContilNet.

Rosana disse que greve continuará até que as negociações cheguem a um denominador comum. Ela frisou ainda que mesmo com os profissionais ansiando voltar aos trabalhos letivos, nada poderá ser feito até que a decisão de realizar o pagamento em parcela única seja cumprida.

Ato dos servidores da Educação seguiu até a Casa Civil. Foto: Renato Menezes/ContilNet.

Dentre as reivindicações que pautam a greve dos servidores da Educação, destacam-se:

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