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A nova ordem mundial 2.0: O fim da ordem como a conhecemos para o início de uma nova era dos novos senhores do mundo

Por EZIO GAMA, PARA CONTILNET

Foto: reprodução

Não é teoria da conspiração. Não se trata (como equivocadamente sugeriu um ex-professor que tive na universidade) de uma teoria que foi fabricada pelos russos czaristas, usado pelos nazistas, através do pseudo-livro “O protocolo dos sábios de Sião”, em que acusam os judeus de orquestrar um mirabolante plano de controlar o mundo.

Não podemos afirmar que, pelo fato de algumas famílias de origem judaica e muitos judeus serem proeminentes no mundo, exista por parte deles uma conspiração para a implantação de um governo único globalista. Isso sim seria uma conspiração antijudaica, e podemos dizer, até antissemita.

A nova ordem Mundial não se dá pelo controle financeiro de metacapitalistas, como exemplo George Soros, que é de origem judaica. Se o mundo conheceu uma nova ordem em termos geopolíticos desde o final da Segunda Guerra Mundial em 1945, se prepara agora para o início de uma nova ordem mundial marcada pela quebra de protocolos internacionais e o estabelecimento de uma nova guerra aberta, também abrindo espaço para uma nova economia global.

Os poderosos da atual (porém antiga) nova ordem estão acuados, vendo sua esfera de poder sendo deslocada para um novo centro, para uma nova ordem que substitui a antiga. Uma nova ordem oriental global.

Talvez, como escrevi em outro artigo, não haja ainda uma Terceira Guerra Mundial. É preciso separar os fatos: uma coisa é um ciclo de mudanças no âmbito internacional marcado pelas duas guerras mundiais. Outra coisa seria o cenário atual, onde há vemos uma desobediência diplomática e uma ruptura com os controladores do mundo. Ou seja, está havendo um confronto direto contra a nova ordem mundial estabelecida, caminhando rumo ao estabelecimento de uma virada de ciclo.

Como os Estados Unidos se tornou a nação mais rica e poderosa do planeta após a Segunda Guerra Mundial, o globalismo americano e uma nova ordem em diversas esferas foi estabelecida, tudo em nome do capital econômico, cultural, hegemonia política e influência mundial.

Mesmo os Estados Unidos agora enfraquecido, alguns analistas afirmam que ainda manterá sua hegemonia como a maior economia do mundo, dado o fato de a China ainda não ultrapassar os EUA no PIB global e também no PIB per capta. Outro fator que dificultaria a China de assumir essa liderança seria uma crise velada por parte do governo e economia interna e dívida chinesa. Porém, parcerias globais podem formar um bloco poderoso criando um novo cenário e esse fator estatístico pode ser alterado ou não predominante.

O dólar ainda tenta se manter como a moeda padrão mundial, no entanto, artificialmente se desvaloriza, de modo que abre espaço para outras potências criarem sua estrutura independente. Os países que são vistos como especulação sobre um novo comando de uma nova ordem seria o BRICS (Organismo multilateral composto pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Alguns comentaristas afirmam que esse será o grupo que implantará uma nova ordem econômica global a partir desse novo cenário do pós-guerra da Rússia contra a Ucrânia. Não creio. No entanto, Rússia e China poderão comandar esse giro da roda das novas potências econômicas globais.

A Rússia, mesmo sofrendo severas sansões, está conseguindo manter o equilíbrio de sua moeda. A Índia caminha para implantação de seu novo sistema de moeda digital. O Real foi cotado como a moeda mais valorizada frente ao dólar nessa semana, porém isso pode ser volátil e instável. A China está se aliando com a Rússia, mantendo apenas divergências sobre a manutenção da guerra na Ucrânia, pois, como parceiro da Rússia, vai ter que de certa forma ajudar a pagar a conta.

Por fim, poderemos assistir – para a decepção e delírio dos conspiracionistas – o fim do globalismo e da nova ordem mundial ocidental. E, provavelmente veremos uma nova ordem política e econômica mundial sem os pesos e contrapesos europeus e americanos.

Como ficará o mundo daqui pra frente? Podemos esperar um cenário não tão otimista. Mais caótico, mais tenso e mais instável. Isso significa novas guerras, instabilidade monetária, econômica e de mercados. Poderá haver lideranças marcadas pelas forças de novas ditaduras. Haverá uma transição da Nova Ordem Mundial 1.0, marcados pela hegemonia americana e seus aliados, para a que estou chamando de Nova Ordem Mundial 2.0, marcada pelos impérios da Rússia e da China e aliados globais.

Isso se concretizando, aí sim já podemos falar sobre o futuro, sobre uma Terceira Guerra Mundial e um grande levante contra Israel.

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