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A pedido de Alan Rick, Bancada se reúne com companhias aéreas pela redução do preço das passagens

Por CONTILNET, COM ASSESSORIA

Foto: Gonçalo Fortes

Nos últimos dois anos, a população acreana viu o preço das passagens aéreas aumentarem exorbitantemente. Bilhetes que antes podiam ser encontrados por menos de R$ 1 mil, hoje chegam a custar até R$ 8 mil.

Buscando soluções para o problema, o Deputado Federal Alan Rick (União-AC), promoveu uma reunião entre a Bancada de Parlamentares Federais do Acre, representantes das companhias aéreas Gol e LATAM e o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas, Eduardo Sanovicz. O encontro aconteceu nesta quarta-feira, 27, em Brasília.

Conforme o deputado, além de impactar pesadamente no bolso de quem precisa viajar de avião, a alta dos preços prejudica pessoas que necessitam desse tipo de transporte para questões vitais. “Até mesmo a Secretaria de Saúde do Acre está tendo dificuldades de encaminhar pacientes do Programa de Tratamento Fora do Domicílio (TFD), que recebem assistência médica de alta complexidade em outros estados, por falta de recursos para custear as passagens aéreas”, lamentou.

O Prefeito de Cruzeiro do Sul, Zequinha Lima, participou da reunião representando os prefeitos dos 22 municípios do Acre. Ele contou que o preço de uma passagem aérea entre seu município e Rio Branco está custando, em média, R$ 3 mil. “E a aeronave vai quase vazia. Quando os preços estão mais baixos, o avião lota”, relatou.

O Presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz, explicou que o fator que mais impactou no preço dos bilhetes foi a alta dos combustíveis. “Com a pandemia e a Guerra na Ucrânia, o valor do barril de petróleo chegou a U$ 140, em um momento em que o dólar custa R$ 5. E isso influencia no valor do querosene de avião, que aumentou 140%, nos últimos 14 meses, elevando o custo da operação das companhias”, explicou.

Segundo a gerente de assuntos regulatórios da LATAM, Tatiane Viana, os prejuízos acumulados durante a pandemia, quando mais de 90% dos voos foram paralisados, impedem que as companhias reduzam preços. “Antes, nós cobríamos os custos das rotas não viáveis (com poucos passageiros) com as rotas viáveis. Hoje, as rotas viáveis não conseguem, sequer, cobrir os próprios gastos. Então chegamos a um limite que, se ultrapassarmos, vamos à bancarrota.”

A diretora jurídica e de relações institucionais da GOL, Renata Fonseca, informou que o prejuízo acumulado pelas empresas de aviação, no mundo, atingiram os R$ 34 bilhões.

Encaminhamentos positivos

Além da redução dos preços das passagens, o Deputado Alan Rick solicitou a LATAM o retorno do voo direto de Rio Branco para Brasília, que foi suspenso em janeiro. A representante da empresa disse que em julho o trecho será retomado.

O Governo do Estado, representado pelo Secretário de Fazenda, Amarisio Freitas, se propôs a reavaliar a política de precificação do ICMS sobre o querosene de aviação no Estado. “O Estado, desde 2019, por meio do Convênio 73 de 2016, já fez boa parte do que podia fazer, que é a redução da alíquota do querosene para aviação. Até então, isso só atende a GOL, mas vamos verificar a possibilidade de atender a LATAM também, buscando ajudar a baratear o custo da passagem”.

Participaram da reunião os deputados federais Flaviano Melo (MDB), Jesus Sérgio (PDT), Léo de Brito (PT), Perpetua Almeida (PC do B) e Mara Rocha (MDB).

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