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Acre está no top 15 dos estados com mais desastres naturais em dez anos, diz pesquisa

Por RENATO MENEZES, PARA CONTILNET

Foto: Pedro Devanir

O Acre está entre os dez estados da federação que mais sofreram com desastres naturais entre os anos de 2013 a 2022. Isto quem diz é um relatório emitido pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), onde ranqueia as unidades federativas que mais registraram ocorrências de tragédias advindas da natureza.

Para efeitos de pesquisa, a CNM fez o levantamento com base na quantidade de decretações municipais de anormalidade. Nesse sentido, todos os estados da região Norte entraram no ranking.

O Acre, por sua vez, figura na 12ª colocação, com 154 desastres entre 2013 e 2022. A CNM define como desastres naturais situações como estiagem ou seca, doenças infecciosas – como é o caso da Covid-19 -, chuvas, inundações, alagamentos, incêndios florestais em áreas não protegidas e deslizamentos.

Outro ponto do relatório diz respeito à quantidade de verbas recebidas para que ações de enfrentamento a estas tragédias fossem postas em prática. De 2010 a 2022, o Acre recebeu R$ 86 bilhões, sendo R$14 bilhões somente em 2021, quando o estado enfrentou crise migratória, surto de dengue, colapso na saúde por conta da Covid-19 e cheia histórica que atingiu dezenas de municípios acreanos.

Somente em 2022, o Acre registrou 11 decretações de anormalidade, sendo o terceiro da região Norte com mais registros, atrás apenas do Pará, com 74, e Tocantins, com 148. No entanto, o ano que mais houve registros no estado foi em 2020, com 53.

Em todo o país, o número de pessoas afetadas durante o período estudado ultrapassa a marca de 347 milhões. Somente em 2022, 7,9 milhões de brasileiros foram afetados de alguma forma. O estado líder do ranking é Minas Gerais, com mais de 8 mil ocorrências.

O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, comentou ao Estado de Minas que apesar de serem enquadradas em desastres naturais, a maioria das ocorrências têm contribuição direta do ser humano para que isto seja acelerado.

“Atribuo isso tudo a uma questão da natureza, mas muito provocada pela intervenção humana. Lógico que pode ter um componente […] mas é uma consequência da forma como a economia está andando, é toda produção, ocupação do solo, gestão ambiental em seu conjunto”.

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