Existe uma turma do agouro que, todo dia 15, espalha em todas as redes que você possa imaginar que o governador Gladson Cameli pode ser preso a qualquer momento. Essa turma tem o objetivo de assustar, amedrontar e causar instabilidade no cenário eleitoral – que aponta Gladson como favorito – e tornar favorável a aparição de uma segunda competitiva opção.
Essa turma é declaradamente oposicionista e já é sabido que não vão para as ruas de mãos dadas com Cameli. Até agora, nada ameaçou a liberdade do governador do Acre. No entanto, não bastassem as almas penadas que transitam nos espaços políticos querendo sua prisão, está cada vez mais nítida a presença, dentro do bloco, de uma turma que quer ver o governador fraco. Essa turma incita cisões, coloca em jogo alianças e dificulta, ainda mais, a vida do governador.
Com exceção das pré-candidaturas de partidos de centro-esquerda, todos os postulantes fizeram parte do bloco governista. Será que isso não preocupa ninguém? O cenário que está desenhado coloca Gladson como favorito. Certo. Não existe ninguém preocupado em desenhar um cenário para que assim permaneça?
Gladson é uma figura das mais incríveis que existem na política. Com seu carisma, foi capaz de colocar um fim em 20 anos de hegemonia do PT no Acre. Mas o governador não faz nada sozinho. Precisa, em torno de si, de uma equipe competente que tenha habilidade em lidar com governança. O senador Marcio Bittar abdicou de tempo para, pessoalmente, estar ao seu lado e ajudar nas composições. É o mesmo senador que, na quinta-feira (21), foi à TV afirmar desconhecer qualquer motivo que tenha colocado seu indicado – Nenê Junqueira – fora da gestão da Sepa. E Edivan Azevedo – seu pré-candidato à Câmara – de volta à pasta.
Estou fazendo meu trabalho, que é o de levar ao leitor, os bastidores da política e jamais é de meu interesse inflamar essa situação ou tomar partido de A ou B. Mas quem são os nomes que incitam o governador a romper alianças e não fazer? Que incitam às cisões e não as fusões? Que, em plena pré-campanha, promovem desnecessários estresses em torno dos que querem uma reeleição? E, além de tudo isso, nutrem o governador de um otimismo de que a eleição está ganha? Em todos os anos que trabalhei com jornalismo, comunicação e política, nunca vi nada parecido. Mas talvez eu tenha faltado alguma aula e essa turma esteja certa.
Gleisi e os balseiros
Um tweet de Gleisi Hoffmann, presidente do PT, circulou nas redes. Ela teria defendido os balseiros que ficaram sem emprego após a ponte do Rio Madeira, que liga os estados do Acre e Rondônia. A postagem é falsa. A parlamentar negou e sites que verificam a veracidade de informações na web checaram.
MDB
Está programado para esta sexta-feira o anuncio oficial do MDB sobre quem será o postulante oficial da sigla ao Governo do Acre. Os pretensos são Mara Rocha e Emerson Jarude. Dentro da sigla, já dão como certa a escolha. De fora, parece que estamos dentro.
MDB²
Ali dentro, alguns membros dão como certa a adesão de Jarbas Soster como primeiro suplente de Jéssica Sales. Será que ele se fará presente nessa reunião?
Waldirene Cordeiro
Waldirene assumiu, pela terceira vez, o Governo do Acre. Esta última, na quinta-feira (21), feriado de Tiradentes.
E o Rocha?
Nos bastidores, a informação que não quis calar é onde está o vice-governador Wherles Rocha, que nas duas últimas vezes – as mais recentes – não assumiu o Estado nas ausências de Cameli.
Marcio Bittar
Depois de toda a questão envolvendo sua relação com Cameli,o senador Marcio Bittar foi às redes. Mas não falou sobre o assunto. Se manifestou favorável a Bolsonaro no assunto Daniel Silveira.
Marcio Bittar²
Marcio é um diplomata. Acumula relações acima da média com todos os setores do Governo. O recente caso de Donadoni (Casa Civil), que foi ao gabinete de Bittar – prestigiar e ser prestigiado pelo senador – antes de sua nomeação oficial mostra isso.
Walter José
Diversos setores lamentaram o falecimento de Walter José, líder da Assembleia de Deus – Madureira. Ele sofreu um infarto. Desejo forças e luz à família.
Imprensa
Respeito quem faz seu trabalho, mas essa situação política tem encontrado uma inflamada imprensa, que tem colocado fogo no parquinho.
Alan Rick
Um dos mais atuantes na Câmara, Alan teve – no meio de todo esse furação – a bola levantada como mais uma pré-candidatura ao Governo.
Mirla Miranda
Sua irmã, a jornalista Mirla Miranda, oficializou desejo de ir à Câmara. Se depender de sua legenda – o União Brasil – sua competência e perfil técnico, já que acumula pós-graduação em Marketing Político e formações fora do país, vai fazer uma bela campanha.