O presidente Jair Bolsonaro (PL) elogiou, nesta terça-feira (19/4), em cerimônia militar, o general do Exército Walter Braga Netto, a quem chamou de “meu eterno amigo”. Braga Netto exerceu os cargos de ministro da Casa Civil e ministro da Defesa na atual gestão.
A frase de Bolsonaro foi proferida no final do discurso na solenidade do Dia do Exército, quando o mandatário dizia se orgulhar de ter integrado os quadros militares e de exercer atualmente o cargo de presidente da República.
“A todos os militares: o meu orgulho de ter integrado as Forças e pela missão à frente do Executivo federal e poder, juntamente com os meus 23 ministros, com os meus comandantes de forças, bem como com meu eterno amigo general Braga Netto, colaborar nas políticas para bem servir o nosso Brasil.”
Braga Netto é atualmente o principal nome cotado para o posto de vice na chapa de Bolsonaro à reeleição. O mandatário já indicou que não repetirá a dobradinha com o atual vice, general Hamilton Mourão.
Mourão se filiou, em março, ao Republicanos e pretende disputar a cadeira do Rio Grande do Sul ao Senado, contando com o apoio de Bolsonaro.
Na semana passada, o presidente disse que há 90% de chance de Braga Netto ser vice na sua chapa de reeleição ao Planalto. Dias depois, Bolsonaro disse que o general poderá disputar qualquer cargo nas eleições de outubro deste ano, inclusive a Vice-Presidência da República.
Em 31 de março, a poucos dias do prazo final para desincompatibilização, Bolsonaro exonerou Braga Netto da Defesa e o nomeou como assessor especial do gabinete pessoal do presidente da República.
Segundo a Lei das Inelegibilidades, ministros de Estado que desejem se candidatar a cargos públicos devem se afastar do posto até seis meses antes do pleito, ou seja, até o dia 2 de abril.
Já os demais servidores públicos podem se afastar mais perto das eleições, em até três meses antes do primeiro turno. Com isso, Braga Netto pode se manter no cargo e recebendo a remuneração integral até julho.