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CPI no Senado pode investigar crime organizado no Acre: “A situação vem se agravando”

Por TON LINDOSO, DO CONTILNET

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) protocolou um pedido com 34 assinaturas para criar uma CPI a fim de investigar a relação do aumento do número de homicídios com a atuação do crime organizado no Acre, Amazonas, Pará, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte. A informação é da Agência Senado. Girão conseguiu sete assinaturas a mais do que o mínimo necessário.

De acordo com a publicação da Agência Senado, o parlamentar não divulgou a lista dos apoiadores da CPI e o requerimento de solicitação não se encontra publicado na página oficial dele do Senado. “O objetivo é investigar a relação entre a ampliação de homicídios no território nacional entre 2016 e 2020 com o crime organizado, com o narcotráfico, levantar dados sobre a expansão dessas organizações nas regiões específicas do Norte e Nordeste brasileiros”, explicou o senador.

De acordo com ele, a situação vem se agravando com o passar dos anos. “A partir daí, a situação vem se agravando ano a ano. Por exemplo, no meu Ceará, em 2019, ocorreram 2.256 mortes, Senador Irajá; em 2020, saltou para 4.039 mortes, um aumento de 56% em um único ano. Foram 1.054. São números”, citou Girão.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera como limite máximo aceitável até dez mortes violentas por 100 mil habitantes. Para evitar uma associação de cunho político, uma vez que é pré-candidato ao governo do Ceará, o senador diz que a CPI terá um viés técnico.

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