Pré-candidato ao Governo, Jenilson Leite diz que o etnoturismo estará no centro dos investimentos para o turismo no Acre

Neste 19 de abril, data em que se comemora o Dia dos Povos Indígenas, o pré-candidato ao Governo do Acre, Jenilson Leite (PSB), anunciou que traz em seu plano de Governo a fomentação do etnoturismo no estado. Etnoturismo é o tipo de turismo em que os viajantes conhecem de perto a vida, os costumes e a cultura de um determinado povo, especialmente povos indígenas. Este tipo de turismo é uma fonte de renda para as aldeias, que conseguem se sustentar financeiramente através deste tipo de negócio, mas para Jenilson, mesmo essa sendo uma fatia importante da economia do estado, falta investimento por parte do poder público.

“O Estado precisa ajudar os nossos povos indígenas para que possam melhorar sua qualidade de vida. Hoje, os investimentos que são feitos no etnoturismo vem deles mesmos, pouco temos visto o Estado contribuir, mesmo que a maior parte do turismo no nosso estado venha do etnoturismo, com iniciativa das próprias lideranças indígenas que atraem pessoas do mundo inteiro, com os festivais nas aldeias e a recepção de turistas nacionais e estrangeiros para conhecer um pouco as suas vivências e suas culturas”, aponta Jenilson.

Turismo voltado aos povos originários estará no plano de Governo de Jenilson/Foto: ascom

Segundo dados da Secretaria de Turismo, o Acre tem 41 terras indígenas em nove municípios. A demanda de investimentos para o etnoturismo, parte dos próprios indígenas, como bem foi colocado pelo Joaquim Yawanawá, cacique da aldeia Mutum, durante uma audiência pública realizada na semana passada na Assembleia Legislativa.

“O Acre tem movimentado o turismo através dos povos indígenas. Tem gente vindo da Rússia, Japão e de países que eu nunca tinha ouvido falar para as aldeias. Você chega em Tarauacá, está cheia de gente de fora. O Acre é o estado do Brasil onde mais recebe turistas, em qualquer aldeia que se vá tem vans saindo e chegando com turistas, nós estamos trazendo dinheiro, movimentando o comércio, os hotéis, restaurantes e o Estado não valoriza isso, não tem um plano de turismo dedicado aos povos indígenas e é preciso ter um programa sério. As próprias aldeias estão montando o que chamam de centro de vivência, mas é preciso o estado também estar presente”, destacou o cacique.

Em 2021, mesmo com a pandemia, o setor do turismo no Brasil cresceu 12% faturando R$ 152,4 bilhões, segundo o IBGE. Além disso, uma pesquisa do Booking.com aponta que 42% dos brasileiros preferem turismo de natureza. Jenbilson acredita que com os investimentos certos e com políticas públicas voltadas para a construção de um programa de etnoturismo de forma estratégica, em que a cultura e costumes sejam preservados, o Acre pode avançar nesse setor.

“No nosso plano de Governo, o etnoturismo estará no centro dos investimentos para o turismo. Sabemos que as nossas infraestruturas não são tão atrativas como as de grandes cidades e outros países, mas quando alguém quer fazer um turismo nas florestas, nas aldeias indígenas é o Acre e outros estados da Amazônia que os turistas procuram, mas estamos perdendo isso, por falta de iniciativas do Estado para potencializar essa tendência. O turismo é fonte na contribuição do PIB de grandes estados”, destaca o parlamentar se comprometendo a fazer disso uma das bandeiras de seu Governo.

PUBLICIDADE