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“Chegou a hora do ata ou desata”, desabafa Edvaldo Magalhães sobre composição de frente ampla no Acre

Por THIAGO CABRAL, DO CONTILNET

Foto: ascom

Frente ampla

Sonho de grande parte do campo progressista nacional, uma frente ampla para derrotar o bolsonarismo vem sendo construída a duras penas. O ex-presidente Lula (PT) é quem tem conseguido aglutinar mais forças desse campo ao seu lado até o momento. Já Ciro Gomes (PDT), o outro nome de centro-esquerda no páreo, segue isolado.

Desdobramentos

Aqui no Acre, esse movimento nacional tem sido acompanhado de perto, pois qualquer decisão lá, pode trazer desdobramentos para cá.

Otimista

Liderança inconteste do campo progressista no Acre, o deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB) vê com otimismo as movimentações políticas do seu grupo. “O processo de construção da Federação no Acre está em curso e ganhará celeridade na próxima semana. Entrará em novo patamar e nova dinâmica. O lançamento da Chapa Lula/Alckmin no próximo sábado encerra uma fase da construção política e abre o próximo período de construções dos palanques estaduais. Aqui vamos nos debruçar sobre esse importante momento. Com certeza movidos pelo espírito da amplitude política necessária e da busca da unidade do campo progressista como base fundamental para essa construção”, disse à coluna.

Chegou a hora

Para o deputado comunista, chegou a hora das articulações se derenrolarem. “Agora chegou a hora do ata ou desata. O desembuchar dos desejos e proposições de cada força posta à mesa. Aposto num bom resultado”, concluiu Edvaldo.

Firme e forte

Por falar no campo progressista, o ex-prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre (PT), que é pré-candidato a deputado estadual, disse à coluna que continua “firme e forte” na sua caminhada por uma vaga na Aleac. “Fazendo as agendas aos finais de semana, até 31 de maio. Muito animado com a recepção nos bairros”, contou o ex-prefeito.

Candidato de Lula

Há uma incerteza aqui no Acre sobre quem será o candidato de Lula na disputa pelo Governo do Estado. Sem um nome do PT na disputa, já que o ex-senador Jorge Viana deixou mais do que claro sua vontade de disputar o Senado, restaria ao deputado estadual e pré-candidato ao Governo, Jenilson Leite (PSB) carregar essa alcunha. Isso porque, nacionalmente o PSB está alinhado ao PT, inclusive ocupando a vaga de vice-presidente da chapa de Lula, com o ex-governador de São Paulo e ex-tucano Geraldo Alckmin.

Esquiva

No entanto, o deputado Jenilson não parece ser muito chegado ao ex-presidente. A impressão é que tem tentado não colar sua imagem a de Lula. Não se sabe se por estratégia eleitoral, já que o eleitor do Acre tem uma tendência histórica a votar na direita nas eleições presidenciais, ou se por uma questão ideológica. A prova é tanta, que no Congresso Nacional do PSB, ocorrido na semana passada em Brasília, o socialista posou e gravou vídeo com diversas lideranças do seu partido, mas de Lula, que também esteve no evento, não se viu nem o vulto.

Psol

Mas enquanto Jenilson não se aproxima de Lula, a turma do Psol aqui no estado já declarou apoio ao ex-presidente. O professor Nilson Euclides, pré-candidato ao Governo pelo partido, disse à coluna que com a decisão nacional do partido de apoiar o petista já no primeiro turno, as candidaturas do Psol no Acre pedirão voto para presidente no Lula.

Tudo às claras

Ainda segundo Euclides, o Psol não vai esconder o apoio ao ex-presidente Lula, muito pelo contrário. “Apoio político tem que ser explícito. O partido decidiu por esse apoio, que é público e notório e não há nenhum problema em demonstrar isso”, afirmou.

Programa

Apesar de já estar definido que o candidato a presidente dos psolistas será Lula, Nilson fez questão de deixar claro que mais importante que o apoio de A ou B é o programa que o Psol quer discutir para o Acre. “Antes de discutir o uso da imagem do presidente Lula, o Psol do Acre tem um programa, tem um projeto e tem uma bandeira que é prioridade. E o mais importante neste momento é apresentarmos esse discurso”, finalizou.

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