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Com aval de Bolsonaro, Zambelli quer disputar Senado contra Janaina

Por METRÓPOLES

Reprodução/redes sociais

Com o aval do presidente Jair Bolsonaro, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) começou a se articular nos bastidores para ser a candidata ao Senado por São Paulo na chapa do ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos), caso o apresentador José Luiz Datena (PSC) desista da disputa.

A própria parlamentar já comunicou seu desejo a outros pré-candidatos do campo bolsonarista que também desejam concorrer ao Senado na chapa de Tarcísio, que disputará o governo paulista. Uma das que foi informada da articulação foi a deputada estadual paulista Janaina Paschoal (PRTB-SP).

Até então aliada de primeira hora de Janaina, Zambelli comunicou seus planos a parlamentar estadual por meio de uma mensagem de texto enviada em 11 de abril. Nela, a deputada federal disse estar motivada por pesquisas internas que a estariam colocando bem posicionada na eleição para o Senado.

“A deputada Carla, que é uma deputada com quem tenho contato há muito tempo, me mandou uma mensagem dizendo que havia algumas pesquisas, mas, que, se o Datena não viesse candidato, ela seria a candidata ao Senado”, contou à coluna Janaína.

Zambelli confirmou à coluna seu interesse em concorrer ao Senado em 2022. “Sempre foi vontade minha concorrer ao Senado, porque minha briga sempre foi com o STF, e lá o poder moderador do Supremo”, afirmou ela, ponderando que, com Datena ainda no páreo, segue oficialmente sendo pré-candidata à reeleição de deputada federal.

Preferência de Bolsonaro

Segundo fontes do Palácio do Planalto, entre Zambelli e Janaina, Bolsonaro prefere a primeira como candidata ao Senado, caso Datena desista. O argumento é de que Zambelli seria mais fiel ao presidente no Congresso do que Janaina, que tem uma relação conturbada e de maior independência em relação a Bolsonaro.

A posição do presidente, porém, colocará Tarcísio numa bola dividida. A interlocutores, o ex-ministro tem dito pessoalmente preferir Janaina como “plano B” a Datena. Zambelli, contudo, além de ser preferida de Bolsonaro, é filiada ao PL, partido que comporá a coligação que dará sustentação a Tarcísio.

“Traição”

O movimento de Zambelli irritou aliados de Janaina, que veem a articulação como “traição”. Termo rechaçado pela deputada estadual. “Não gosto desse termo traição. Estamos numa democracia, todas as pessoas, estando na política ou não, cumprindo os requisitos constitucionais e legais, podem se candidatar a quaisquer cargos”, disse.

Com ou sem Zambelli ou Datena, Janaina afirmou à coluna que manterá sua pré-candidatura ao Senado, pois se sente mais preparada. “Respondi a ela que a sociedade é livre, democracia é isso, que ela se sinta absolutamente livre para concorrer, mas que não voltaria atrás, porque, respeitosamente, me sinto mais preparada para o cargo”.

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