Flagrado com porções de maconha em São João D’Aliança, Alto Paraíso, na Chapada dos Veadeiros (GO), o ator e cantor Dado Dolabella chegou a fugir de uma abordagem policial antes de ter os entorpecentes apreendidos pela Polícia Militar de Goiás (PMGO). A história foi revelada pelo Metrópoles. E a coluna teve acesso aos detalhes do caso registrado em 21 de março deste ano.
O artista estava em um Kia Sportage de cor preta quando furou um bloqueio da PM na GO-118. As equipes, então, passaram a realizar patrulhamento em busca do veículo suspeito. Uma das equipes localizou Dado Dolabella, com o carro, nas proximidades do Km 80. Durante a abordagem, os militares localizaram uma mochila embaixo do banco traseiro. Ao abrir a bolsa, a guarnição identificou duas embalagens transparentes contendo maconha.
Ao ser questionado, o cantor confirmou a propriedade do entorpecente e afirmou que pretendia extrair o óleo da substância para usar no tratamento de saúde do filho. Ele também estava com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) vencida.
Dolabella precisou assinar um Termo Circunstanciado, procedimento relacionado a crimes de menor potencial ofensivo, feito pela própria PMGO. O artista foi liberado após firmar o compromisso de comparecer em audiência quando intimado pela Justiça. A maconha, que estava acondicionada em um saco plástico, foi enviada para perícia na Polícia Civil Goiana.
A coluna apurou que, mesmo morando há poucos meses na pacata cidade, o ator já havia se envolvido em outra confusão que acabou na delegacia. Em 4 de abril, Dolabella procurou a Polícia Civil para registrar ocorrência após ser alvo de agressão. De acordo com o boletim, o cantor recebeu uma paulada nas costas quando estava em uma praça da cidade. Ele contou aos agentes que não conseguiu identificar quem havia batido nele.
Mudança para a Chapada
Dado viajou a Alto Paraíso, em dezembro de 2021, para um workshop de imersão no tantra. Desde então, o ator decidiu se mudar para a cidade, que fica no meio da natureza e é cercada de árvores e cachoeiras.
Correr da aceleração do tempo na cidade grande foi um dos principais pontos que pesaram na decisão do artista. “Não me sentia mais fluindo em uma selva de pedra, onde o ritmo frenético é ditado pelo capital. Precisava de mais vida para me sentir mais vivo, definitivamente”, contou ele, relatando cada detalhe da nova dinâmica.
“Na cidade grande, jamais tive o privilégio de o meu relógio biológico estar 100% sincronizado com o da natureza. Acordar com o show das araras, dos periquitos, dos passarinhos, dos tucanos, fluindo ao som das águas, às 5h30, para contemplar toda a beleza e o esplendor que é o nascer de um novo dia. Poder beber a água que sai de qualquer torneira, sem medo, ciente de que estou me nutrindo de pura vida, sem flúor, cloro, alumínio e vários outros metais pesados. Todo dia. Não tem preço”, escreveu em uma rede social.