O papel dos assistentes sociais vai muito além do combate à desigualdade. Esses profissionais buscam entender a realidade da sociedade para, assim, junto aos órgãos responsáveis, orientar e garantir o acesso a serviços que todas as pessoas têm direito, como a saúde e educação. Por ser tratar de uma atividade que convive diariamente com o cenário social do país, os assistentes sociais são importantes fontes de informação e conhecimento nos ambientes onde são inseridos.
A estudante do terceiro semestre do curso de Serviço Social Lucy Alves, sempre foi engajada nas causas sociais e aos 68 anos, conseguiu concretizar o sonho de ingressar na graduação e, assim, seguir na carreira. “O serviço social está presente na minha vida desde os quinze anos quando eu pegava as amostras de remédio do meu pai, que era farmacêutico, para fazer ações comunitárias na igreja. Hoje, eu trabalho no CAPS infantil, que tem um programa de assistência às mulheres que têm filhos com transtornos mentais e estou bem trabalhando com isso. É um suporte importante para as famílias”, pontua Lucy.
A estudante reflete sobre os serviços prestados pelos profissionais da área e pontua a importância dos assistentes sociais na manutenção da viabilização dos direitos a uma vida digna para todos. “O papel do assistente social é trabalhar como uma ponte entre a comunidade e as instituições, sejam elas públicas ou privadas, para resolver os conflitos e as diversas questões envolvendo toda a sociedade. O Brasil tem uma carência muito grande de políticas públicas. Então, ter um profissional de qualidade é essencial”, opina.
É através do trabalho dos assistentes sociais que as situações de negligências são expostas e tratadas de forma técnica, porém, sem esquecer do lado humano. Seja nos hospitais, nos órgãos governamentais e não governamentais, no terceiro setor ou na esfera privada, o objetivo sempre será o mesmo: ajudar e apoiar os menos favorecidos. Além disso, são eles que trabalham na análise, elaboração, coordenação e execução de planos, programas e projetos de políticas públicas, para auxiliar a população carente e tentar garantir que todos tenham acesso a condições mínimas de uma vida digna.
Para a Coordenadora do Curso de Serviço Social da UniAteneu Aline Braúna, esses profissionais têm um papel extremamente importante na sociedade. São eles que buscam assegurar que todos tenham conhecimento sobre os serviços e benefícios que são um direito social e não favor. “Nós trabalhamos diretamente com as questões, dúvidas e indagações sociais, temos a reflexão crítica pautada no projeto Ético Político. Por isso, o papel do assistente social é fundamental na busca de efetivação desses direitos”, pontua a profissional.
Dia do Assistente Social
No dia 15 de maio é celebrado o dia do Assistente Social graças ao do Decreto 994/62 editado em 15 de maio de 1962, que regulamenta a profissão, criando assim os Conselhos Federal e Regionais, que regimentam as atividades da classe.
A prática profissional também é orientada pelos princípios e direitos firmados na Constituição de 1988 e na legislação complementar referente às políticas sociais e aos direitos da população. Atualmente, existem aproximadamente 200 mil profissionais com registro nos 27 Conselhos Regionais de Serviço Social (CRESS) no Brasil. Desses, pouco mais de 90% do contingente trabalhador é composto por mulheres, como aponta a pesquisa “Assistentes Sociais no Brasil”, realizada em 2005 pelo Conselho Federal de Serviço Social (CFESS).