Lauro Jardim: os bastidores da renúncia de João Doria

Desde sexta-feira João Doria já vinha discutindo com seus assessores mais próximos a possibilidade de jogar a toalha. O PSDB na semana passada apertou o cerco sobre sua pré-candidatura.

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O partido fez chegar a Doria a informação de que a partir do momento em que oficializasse o apoio à candidatura de Simone Tebet (MDB), o que acontecerá amanhã, trancaria os cofres do partido para as despesas de sua pré-candidatura.

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Cerca de R$ 2,5 milhões foram orçados pelo PSDB para pagar essas despesas. Doria já usou R$ 700 mil desse montante para financiar viagens, um escritório em São Paulo e seus funcionários. Esse dinheiro é sacado do fundo partidário.

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Nas conversas com os auxiliares, Doria se preocupava com esse fator.  Não via sentido em gastar o seu próprio dinheiro para bancar uma campanha contra tudo e contra todos.

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Combinou com esses assessores que ia usar o fim de semana para refletir sobre o que fazer e conversar com sua família. Ontem tomou a decisão que acaba de anunciar. Comunicou à família, o que incluia além da mulher, Bia e os dois filhos, e o irmão Raul, que integrava a linha de frente de sua pré-campanha. Avisou também aos seus auxiliares de maior confiança.

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Não fazia o menor sentido insistir numa luta contra um partido que há meses dava mostras que já o havia abandonado. Ao perceber que ia ser estrangulado financeiramente e humilhado politicamente, Doria resolveu sair de cena.

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