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Danuza Leão, escritora, jornalista e ex-modelo, morre aos 88 anos

Por G1

Danuza Leão durante entrevista em julho de 1993 — Foto: Otávio Magalhães/Estadão Conteúdo/Arquivo

A ex-modelo, jornalista e escritora Danuza Leão, uma das personalidades mais importantes da sociedade e da cultura carioca do século 20, morreu nesta quarta-feira (22), aos 88 anos, no Rio.

A informação foi confirmada à TV Globo por familiares. O corpo será cremado no Cemitério do Caju, em data e horário a definir.

Um dos rostos mais marcantes da indústria da moda em seu tempo, tornou-se uma cronista célebre (e não raro polêmica) na imprensa brasileira.

Ela lançou best-sellers como “Na sala com Danuza” e “Quase tudo”, a autobiografia na qual narra uma vida intensa e marcada também por casamentos com figuras também centrais em sua época, como os jornalistas Samuel Wainer, com quem teve três filhos, Antônio Maria e Renato Machado.

Perfil

 

A escritora, jornalista, modelo e atriz Danuza Leão nasceu em Itaguaçu, no interior do Espírito Santo, no dia 26 de julho de 1933. Aos dez anos, ela e a família se mudaram para o Rio de Janeiro.

Ainda na década de 50, Danuza deu início a sua carreira como modelo. Ela foi a primeira brasileira a desfilar no exterior.

Irmã da cantora Nara Leão (1942-1989), Danuza acompanhou o nascimento da Bossa Nova em seu apartamento em Copacabana, na Zona Sul do Rio, onde se reuniam os grandes artistas da época.

A jornalista e colunista Danuza Leão abraça o arquiteto Oscar Niemeyer durante comemoração dos 100 anos de vida dele, na casa das Canoas, em São Conrado, zona sul do Rio de Janeiro, em dezembro de 2007 — Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo/Arquivo

Além de modelo, Danuza também foi jurada de programa de TV, entrevistadora, dona de boutique e produtora de arte.

Como atriz, ela participou, em 1967, do filme “Terra em Transe”, como a personagem Sílvia. A obra foi roteirizada e dirigida por Glauber Rocha.

Em 1992, Danuza Leão alcançou o sucesso como escritora. Seu livro de etiquetas sociais “Na Sala Com Danuza”, liderou a lista dos mais vendidos durante um ano.

Em 2004, Danuza publicou uma nova edição de seu maior sucesso, “Na Sala Com Danuza 2”.

Em 2004, Danuza publicou uma nova edição de seu maior sucesso, “Na Sala Com Danuza 2”.

Danuza Leão e Nara Leão no Aeroporto do Galeão no Rio de Janeiro, após desembarque de Danuza vinda de Paris em janeiro de 1967 — Foto: Estadão Conteúdo/Arquivo

Em seguida, ela escreveu o “Quase Tudo” (2005), um livro de memórias, que recebeu o Prêmio Jabuti; “Danuza Leão Fazendo as Malas” (2008), também ganhador do Prêmio Jabuti; “Danuza Leão de Malas Prontas” (2009) e “É Tudo Tão Simples” (2011).

Outro trabalho de sucesso de Danuza foi como cronista. Ela foi colunista do Jornal do Brasil, da Folha de São Paulo e do caderno ELA, do jornal O Globo, onde escrevia sobre assuntos variados, desde comportamento e relacionamento, até família e dicas de etiqueta.

Danuza foi casada com o jornalista Samuel Wainer, fundador do jornal Última Hora, com quem teve três filhos: Samuel Wainer Filho, Pinky Wainer e Bruno Wainer.

Após a separação com Wainer, a escritora ainda se casou mais duas vezes, com o cronista e compositor Antônio Maria e com o jornalista Renato Machado.

Danuza Leão durante entrevista em novembro de 1984 — Foto: Claudinei Petroli/Estadão Conteúdo/Arquivo

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