25 de abril de 2024

Naluh Gouveia relembra estupro na adolescência e diz que política de ódio faz aumentar feminicídio

A ex-deputada estadual e conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Naluh Gouveia participou nesta quarta-feira (8) da audiência pública realizada pela Assembleia Legislativa do Acre para debater os altos índices de feminicídio no Estado.

Naluh deixou a vida política para ser a segunda mulher a tornar-se conselheira do TCE, mas diz ter saudades da tribuna.

“Isso aqui me humanizou, me colocou pertinho povo e das pessoas humildes e como elas fazem bem ao ser humano”.

Dezenas de mulheres participaram do momento na Aleac/Foto: Reprodução

Ainda sobre a saudade da vida de deputada, ela diz que já teve crises após não ser mais porta-voz do povo na Casa Legislativa.

“As vezes eu penso: “Meu Deus eu fugi da luta, o que eu faço no Tribunal de Contas?”, teve um dia que chorei e liguei para a Patrícia [Rego]”, conta.

Ao falar dos feminicídios, Golveia se emocionou e atribuiu os altos índices à “política de ódio do Bolsonaro”. “O Acre tem o maior índice de feminicídio no Brasil e é o maior eleitor do Bolsonaro. Então, eu não consigo conceber mulheres votando no Bolsonaro”, afirma.

Ela contou experiências que causaram comoção e revolta. “Aos 7 anos, joguei uma faca em um homem porque ele bateu na minha mãe, aos 16 eu fui estuprada. Então, de homem eu não espero nada”.

Naluh falou da experiência de ter sido abusada pelo padrasto: “É horrível não ter com quem falar, a família não acreditar”.

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