O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) determinou na quinta-feira (9/6) que Ana Carolina Moraes da Silva, de 30 anos, volte à prisão de forma preventiva. A ex-ginasta é acusada de matar a filha ao jogá-la em um duto de lixo, do 6° andar, de um prédio em Santos, no litoral de São Paulo.
Ana Carolina estava em liberdade provisória desde 3/6, data em que ela recebeu o alvará de soltura e a suspensão do júri junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), segundo o G1.
Até conseguir a liberdade provisória, a acusada estava na Penitenciária Feminina I de Tremembé, no interior de São Paulo. Ela foi encaminhada para lá em 2018 depois que sua filha recém-nascida foi encontrada morta no lixo por um catador de latinhas.
A ex-ginasta é acusada de homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, pois segundo a investigação policial ela matou a bebê por não querer criá-la. Ana Carolina também foi indiciada por ocultação de cadáver. As penas podem chegar a 30 anos de prisão.
Assassinato
A filha de Ana Carolina foi encontrada morta, em 28 de junho de 2018, enrolada com jornais dentro de um saco preto na lixeira de um prédio na Rua Bahia, no bairro Gonzaga, em Santos.
A recém-nascida tinha traumatismo craniano, e o laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que a queda do 6º andar foi a causa da morte.
A polícia chegou ao pai da bebê a partir de um cupom fiscal da compra de um pacote de fraldas descartáveis que também estava no lixo. O pai indicou o paradeiro da ex-ginasta. Os dois foram presos no mesmo dia, mas ele foi solto na manhã seguinte.
O delegado Renato Mazagão Júnior, responsável pela investigação, afirmou que Ana Carolina trocou mensagens com o pai da recém-nascida. Ela teria dito que não queria “mais uma boca para comer”.
O homem teria sugerido que ela fosse embora para Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. De acordo com o delegado, o pai enviou mensagens dizendo “você matou minha filha” e “se livra disso”.