Família de acreano desaparecido no RJ se desespera; “Eu te amo” foi a última mensagem

A Polícia do Rio de Janeiro afirma que está fazendo diligências para encontrar o jovem João Victor Silva de Oliveira, de 19 anos, mas a família pede celeridade nas buscas. Familiares relatam que têm passado por momentos de desespero desde que o jovem desapareceu em Macaé, no Rio de Janeiro.

A mãe de João Victor, Eliana Andrade da Silva, mora em Rio Branco, não tem respostas concretas sobre o que aconteceu com o seu filho. O jovem saiu do Acre há cerca de dois meses. Segundo a família, ele tinha um relacionamento amoroso com outro jovem e este teria sido o motivo da ida para o Rio de Janeiro.

O boletim de ocorrência foi prestado pelo companheiro, com quem João Victor morava. O documento informa que João Victor foi até uma região chamada Bosque Azul comprar maconha e indica que teve informações de que ele estava morto por uma facção que domina a área.

A família não acredita na versão apontada no boletim e pede respostas. Eles contaram detalhes à reportagem de g1, que aprofundou as informações sobre o caso. “Victor não é de facção. Ele tinha um relacionamento com esse rapaz e não é de agora, toda família sabe que eles tinham um relacionamento amoroso. Já temos pelo menos três versões e ninguém sabe o que realmente aconteceu com meu sobrinho. A gente desconfia que ele está mentindo”, contou a tia.

A mãe dele, Eliana da Silva, conta que nos últimos contatos que teve com o jovem, ele chorava muito e dizia que queria voltar para a cidade.

“Meu filho não era envolvido em facção. Estou desesperada, quero saber se meu filho está morto, se está vivo. Meu filho era tão conhecido, era uma pessoa muito boa. Dias antes de ele sumir, me ligou, disse que estava com saudade de mim, dos amigos e que ia ficar lá só um ano mesmo. Ele disse que me amava, foi a última vez que falei com meu filho”, conta a mãe bastante emocionada ao lembrar do único filho.

A mãe contou ainda que o companheiro do jovem passou a não responder mais a família. “Não dá mais retorno pra gente”, disse.

Versão do amigo no RJ

A pessoa que morava com João Victor em Macaé, e que prefere não se identificar, disse que não existem versões diferentes. Que há apenas uma versão, que é a dada à Polícia Civil. Ele também destacou que o jovem havia feito algumas amizades no bairro e que relatou isso às autoridades.

A iniciativa de tirar o jovem de Cruzeiro do Sul, segundo ele, era para que ele pudesse ter mais oportunidades. Na noite do desaparecimento do jovem, o homem, que alega não ser namorado de João Victor e sim amigo e ter uma relação de irmão, conta que chegou a ir sozinho no morro em busca dele, mas sem sucesso.

Depois disso, ele foi registrar o boletim de ocorrência. No dia seguinte, voltou à delegacia para acrescentar mais detalhes dos dias que antecederam o desaparecimento do jovem.

No relato, ele diz que Victor tinha feito amizade com um rapaz, que foi o primeiro a levá-lo nesse morro para consumir drogas e que teria se negado a sair da casa dos dois após o sumiço do estudante. Ele contou que o jovem estava terminando ainda o terceiro ano do ensino médio.

“Tudo que eu fiz por ele foi pra ajudar a encontrar ele. Estou de pé por ele. A única informação que temos é de que ele foi até lá e não voltou e não temos notícias de algum jovem que tenha morrido. E outra coisa, Victor não é de facção. Todos nós precisamos de respostas e não vou descansar, eu vou levar essa história para o fim da minha vida, posso levar 50 anos, mas a gente vai descobrir o que aconteceu com o Victor”, finaliza.

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