Dados do telescópio espacial Hubble permitiram, pela primeira vez, identificar evidências diretas de um buraco negro à deriva no espaço interestelar, de acordo com com informações divulgadas conjuntamente pela Agência Espacial Norte Americana (Nasa), pela ESA e pelo centro científico de operações do Telescópio Espacial Hubble (STScI).
Segundo o comunicado, os dados foram usados para identificar um desses andarilhos solitários pela primeira vez.
Buracos negros isolados que vagam pelo espaço desapegados de estrelas ou outros buracos negros são considerados monstros solitários pelos cientistas. Embora os astrônomos saibam da existência de cerca de 100 milhões desses buracos negros na Via Láctea, eles são extremamente difíceis de detectar por não emitirem luz. Sua presença deve ser inferida ao ver seus efeitos, ou seja, como a gravidade desvia a luz de outras fontes.
Duas equipes usaram dados do Hubble em suas investigações: uma delas é liderada por Kailash Sahu, do Space Telescope Science Institute, em Baltimore, Maryland. A outra é comandada por Casey Lam, da Universidade da Califórnia, Berkeley.
Os resultados das equipes diferem um pouco, mas ambos sugerem a presença de um objeto compacto.