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Povo Ashaninka do Acre pede justiça por Dom e Bruno, desaparecidos há 10 dias

Por REDAÇÃO CONTILNET

O indigenista brasileiro Bruno Araújo Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips — Foto: TV Globo/Reprodução

“Justiça por Dom e Bruno”, é a descrição da publicação da liderança Francisco Piyãko nas redes sociais. No vídeo, ele e o presidente da Associação Ashaninka do Rio Amônia (Apiwtxa), contam sobre a relação que tinham com o jornalista Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira, desaparecidos há 10 dias no Vale do Javari, no Amazonas.

Em publicação da BBC, o povo Ashaninka também é citado. Eles foram um dos últimos indígenas ouvidos pelo jornalista Dom Phillips, que antes do desaparecimento estava reunindo informações para escrever um livro sobre a conservação da Amazônia. “É como se tivessem mexido diretamente com a gente, porque ele estava representando a nossa causa, a nossa historia”, diz a liderança indígena Francisco Piyãko.

“Dom é uma pessoa com muita sensibilidade, ele procurava entender nossas lutas e fazia um trabalho maravilho de divulgar a nossa região, nossas lutas. Isso não faz mal a ninguém. Esperamos que o Estado brasileiro não permita que esse tipo de situação ocorra mais”, diz Francisco Piyãko.

No vídeo, o presidente da Apiwtxa, Wewito Piyãko, também se manifesta sobre a falta de segurança na fronteira do Acre com o Peru. Confira na publicação:

Sobre os Ashaninka do Rio Amônia

De acordo com as informações do site da Apiwtxa, por volta de 800 pessoas vivem na terra indígena que está localizada no rio Amônia, município de Marechal Thaumaturgo.

“A Terra Indígena Kampa do Rio Amônia, como a nossa terra é oficialmente denominada, foi demarcada e homologada em 1992 e abrange 87.205 hectares. Ela faz fronteira com o Peru, com a Reserva Extrativista do Alto Juruá e com a Terra Indígena Arara do Rio Amônia, todos localizados no município de Marechal Thaumaturgo”, relata apresentação do site.

A maior parte do povo Ashaninka vive no Peru: são mais de cem mil Ashaninka, distribuídos por várias regiões, desde a Selva Central até as cabeceiras do Ucayali. Já no Brasil, por volta de 2.500 Ashaninka vivem em cinco terras indígenas demarcadas e homologadas no Estado do Acre. A família etnolinguística é Aruak.

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