Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgados nesta terça-feira (28) pelo G1 mostram a realidade das capitais brasileiras em relação ao número de mortes violentas nos últimos anos.
Entre 2021 e 2022, de forma geral, o país teve uma queda de 6% no número de mortes violentas, que incluem homicídios, latrocínios, lesões corporais seguidas de morte e mortes cometidas pela polícia.
Entre as capitais, apenas seis tiveram alta: Manaus (48,9%), Macapá (31,2%), Boa Vista (9,9%), Porto Velho (8,6%), Teresina (9,5%) e Salvador (3,4%). Chama a atenção que, das seis, quatro estão no Norte, única região do país que teve aumento na violência no ano passado (9%).
No ranking, Rio Branco aparece em 13º lugar, com 23,1 mortes por 100 mil habitantes.
Como o Monitor da Violência já havia antecipado em fevereiro, alguns fatores estão por trás dos altos índices da região Norte: associação do narcotráfico com crimes ambientais, como grilagem, garimpo ilegal e desmatamento; falta de integração das autoridades estaduais e federais no combate aos crimes na Amazônia Legal; e disputa de territórios entre facções criminosas.
A intensificação dos conflitos entre grupos criminosos tem causado o aumento dos casos de violência na região amazônica, como o recente assassinato do indigenista Bruno Araújo Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips.
A menor taxa entre as capitais foi registrada por São Paulo: 7,7 mortes por 100 mil habitantes. É a única entre as 27 a ter menos de 10 mortes violentas por 100 mil habitantes.
Veja abaixo o ranking das capitais do país pela taxa (mortes por 100 mil habitantes):
- Macapá – 63,2
- Salvador – 55,6
- Manaus – 52,5
- Teresina – 37,0
- Boa Vista – 34,8
- Fortaleza – 34,3
- Recife – 33,1
- Porto Velho – 32,4
- Maceió – 29,8
- Aracaju – 29,4
- João Pessoa – 28,1
- Natal – 24,0
- Rio Branco – 23,1
- São Luís – 22,8
- Palmas – 22,3
- Belém – 22,3
- Vitória – 21,1
- Porto Alegre – 20,0
- Rio de Janeiro – 19,2
- Curitiba – 16,7
- Goiânia – 16,6
- Campo Grande – 15,3
- Distrito Federal – 11,2
- Florianópolis – 10,8
- Belo Horizonte – 10,8
- Cuiabá – 10,6
- São Paulo – 7,7